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07 de outubro de 2024

Reprovação de carros novos equivale à metade dos usados


Por Talita Inaba Publicado 27/11/2012 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h57
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Os debates acalorados sobre a inspeção veicular obrigatória em São Paulo não podem encobrir um ganho real da iniciativa: ela tem ajudado a controlar a poluição atmosférica da capital.

Se os custos para o poder público e principalmente para o cidadão estão altos, é algo que deve ser discutido. E, inclusive, resolvido pelo futuro prefeito da cidade.

Pesquisas reconhecidas no meio científico devem ser levadas em conta. Caso contrário, a alforria aos carros novos pode virar um problema ambiental para a cidade.

Dados referentes ao ano passado mostram que entre os 1,6 milhão de automóveis, caminhões, ônibus, motocicletas e veículos leves a diesel com cinco anos de fabricação, 164 mil não passaram nos testes de controle veicular ambiental. Isso é algo ao redor de 11%, enquanto que a taxa média de veículos usados reprovados é de 20%.

Essas reprovações de veículos novos, que obrigaram os donos a voltar ao mecânico para, no mínimo, regular novamente os motores, ajudaram a diminuir a concentração de monóxido de carbono na atmosfera em 9%.

De acordo com especialistas do setor, muitos carros novos, por exemplo, instalam gás natural em oficinas de fundo de quintal. E, com isso, passam a poluir a cidade enormemente.

Em alguns casos, veículos com poucos anos de uso poluem dezenas de vezes mais que um carro com cinco ou até dez anos de uso.

Não que os carros recém-fabricados sejam os grandes vilões da poluição atmosférica atualmente. Os antigos realmente poluem mais.

Mas a fiscalização mais frouxa sobre os veículos novos, atrelada ao aumento anual da frota, pode aumentar a importância desse segmento de veículos na poluição atmosférica da cidade.

Outros países seguiram medidas parecidas com a proposta da futura administração, mas intensificaram outras medidas impopulares contra o trânsito de veículos.

A inspeção é apenas uma ferramenta para o controle da poluição. A grande discussão é como reduzir a circulação de carros na cidade.

Fonte: Folha.com

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