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26 de julho de 2024

Micromobilidade: Patinete elétrico é o modal que mais gera ferimentos


Por Pauline Machado Publicado 24/04/2022 às 11h30 Atualizado 08/11/2022 às 21h11
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Ainda que se tenha um maior número de ferimentos, o uso do patinete elétrico como meio de transporte apresenta um índice baixo de mortes.

Apesar de apresentarem menos mortes do que as motos e bicicletas, um estudo publicado na revista científica Plos One aponta que entre os modais de micromobilidade que geram mais ferimentos em seus usuários está o patinete elétrico.

A análise, realizada ao longo de 2014 e 2020 com base em 36 mil prontuários clínicos nos Estados Unidos, identificou que 1.350 dos ferimentos foram causados por patinetes eletrificados. Isso significa 115 ferimentos a cada 1 milhão de viagens em Los Angeles, região em que o estudo foi realizado.

Número de ferimentos x número de mortes

Esse número ultrapassa os casos de ferimentos causados por outros veículos como as motos que contabilizaram 104 ferimentos a cada 1 milhão de viagens, bicicletas, 15 a cada 1 milhão de viagens, os automóveis, 8 ferimentos a cada 1 milhão de viagens, além das caminhadas a pé, com 2 ferimentos a cada 1 milhão de viagens.

No entanto, ainda que se tenha um maior número de ferimentos, o uso dos patinetes elétricos como meio de transporte apresenta um índice de apenas 19 mortes a cada 100 milhões de viagens. Menor do que as bicicletas e motos, com 21 mortes e 537 mortes por 100 milhões de viagens, respectivamente.

Não houve divulgação de dados sobre o número de mortalidade para viagens com carro ou a pé.

Causas e gravidade dos ferimentos

O estudo constatou ainda que a propagação da oferta de serviços de patinetes elétricos aumentou a incidência de ferimentos. Em 2018, eram 13 casos por ano, já em 2019, 672 casos anuais.

De acordo com a pesquisa, a alta prevalência de ferimentos encontradas entre motoristas de patinetes pode estar ligado ao fato de os usuários serem relativamente inexperientes. Além da dificuldade entre fornecer e fiscalizar o uso de equipamento de segurança entre os adeptos dos veículos compartilhados. Além disso, uma das causas, segundo o estudo, pode estar na rapidez com a qual a tecnologia se desenvolve. Ela, notoriamente avança mais rapidamente que as regulamentações de segurança.

Por fim, a pesquisa analisou, também a gravidade dos ferimentos. Dados mostram que 30% dos feridos precisaram de mais de uma visita médica para tratarem seus machucados. Além disso, 73% precisaram de raio X, 29% de exames por imagem como ultrassom, ressonância magnética, tomografia. Já, 16% necessitaram de procedimentos com anestesia e 6% precisaram ser internados. Apenas houve o registro de duas mortes, ambas devido a automóveis atingirem as vítimas.

 

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