Os desafios diários no trânsito para os condutores de ambulâncias
Calcula-se que existam cerca de um milhão de condutores de ambulâncias no Brasil, enfrentando diariamente os mais diversos desafios.
Apesar de ser uma profissão tão importante, inacreditavelmente, seu reconhecimento só veio com a Lei 12.998, de 2014, quando profissionais que, até então, chamava-se de “socorristas” e “motoristas socorristas”, passaram a ser condutores de ambulância.
Apesar dos condutores de ambulância, geralmente, só serem percebidos quando a sirene e as luzes giratórias do carro entram em ação, eles são profissionais importantíssimos e fundamentais em todo o projeto de assistência, seja fazendo locação de ambulância particular, ou qualquer serviço de atendimento móvel de urgência. Para isso, eles passam por treinamento específico que tem como objetivo formar e qualificar motoristas que atuarão no ramo de transportes de emergência.
Calcula-se que existam cerca de um milhão de condutores de ambulâncias no Brasil, enfrentando diariamente os mais diversos desafios.
Desafios enfrentados pelos condutores de ambulâncias
Como dito acima, os desafios enfrentados diariamente pelos condutores de ambulância são muitos, dentre os mais comuns apontados pelos profissionais podemos destacar:
- longas jornadas de trabalho;
- trânsito;
- trotes;
- violência;
- pressão e estresse.
Longas jornadas de trabalho
Condutores de ambulância possuem uma jornada de trabalho bastante estressante, geralmente, de 12 X 36 horas, sem falar que vivem em constante contato com diferentes tipos de doenças, já que seu ofício é transportar pacientes com todo tipo de enfermidade.
Mesmo recebendo um adicional de insalubridade, a verdade é que isso não basta para resguardar sua integridade física bem como psicológica. Por esse motivo, a lei trabalhista vem buscando formas de garantir proteção e mais segurança para esses profissionais.
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Trânsito
A maioria dos profissionais se queixa da falta de educação assim como respeito dos condutores dos demais veículos, que muitas vezes não sabem como abrir passagem para as ambulâncias. Outros, por exemplo, nem ouvem a sirene por conta de fones nos ouvidos. Além disso, a falta de organização do trânsito urbano, aliado a preocupação em garantir o conforto dos pacientes, evitando buracos, passando lentamente em lombadas e desviando com prudência de outros veículos, resultam em um grande estresse.
Trotes
Os trotes são outro problema comum, inacreditavelmente, relatados pelos condutores de ambulância nos serviços de emergência ou home care, quando são enviados para um atendimento. Muitos contam inclusive que um trote pode vir seguido de assaltos.
Violência
A violência é em relação aos assaltos, precedidos, ou não, por um trote, mas são também muito comuns.
Pressão e estresse
A pressão e o estresse, na verdade, resulta de tudo que se abordou acima. Assim como, a tensão que envolve o trabalho em si, de poder socorrer a tempo os pacientes.
Em uma jornada de 12 horas, por exemplo, o condutor de ambulância começa o seu dia com um rigoroso check list na ambulância, incluindo revisão dos pneus, verificação de nível de óleo, lataria, motor e limpeza.
Tudo em ordem? Então, o restante do tempo de trabalho será dedicado a transportar pacientes acidentados, ou, ainda, que tiveram um mal súbito. Além disso, aqueles acamados ou que precisam de transporte para a realização de cirurgias, exames, hemodiálise, sessões de fisioterapia e outros tratamentos. E tudo em meio a um trânsito, geralmente, caótico.
Enfim, como podemos ver, motivos para estresse e tensão não faltam nessa rotina repleta de desafios dos condutores de ambulância.