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26 de julho de 2024

Veja ranking das cidades com o melhor transporte público

As cidades que lideram o ranking são as que decidiram investir em infraestrutura e eficiência de sistemas.


Por Pauline Machado Publicado 24/01/2024 às 15h00
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Melhor transporte público
Helsinque se destaca no ranking do melhor transporte público. Foto: R1im para Depositphotos

Quando o tema é mobilidade, Helsinque, Amsterdã e Estocolmo permanecem como as melhores cidades do mundo. As cidades que lideram o ranking são as que decidiram investir em infraestrutura e eficiência de sistemas em vez de soluções mais inovadoras ainda em desenvolvimento, como carros autônomos, por exemplo.

Na direção oposta, as cidades de Londres e Tóquio perderam posições dentre as principais cidades em mobilidade no período de 2020 a 2023.

Os dados foram apresentados na 5ª edição do Índice Urban Mobility Readiness Index do Fórum Oliver Wyman, estudo realizado em parceria com a Universidade de Berkeley, da Califórnia. Esta edição apresenta 65 cidades referência em mobilidade, além de trazer recomendações para melhorar o transporte público e a mobilidade sustentável.

O estudo apontou que soluções de mobilidade simples, acessíveis financeiramente e eficientes podem auxiliar as cidades a enfrentar desafios econômicos e climáticos. E, portanto, cidades que oferecem mobilidade financeiramente acessível e eficiente, com itens como ciclovias e trens, podem estar mais preparadas para lidar com as ondas de calor. Outra estratégia em destaque no estudo foi a redução de taxas para compras de veículos elétricos.

Cidades em destaque

Helsinque, capital da Finlândia, ocupa o primeiro lugar no índice por ter zonas sem carros. Além disso, investimentos em infraestrutura para o carregamento de veículos elétricos e boa estrutura para ciclistas. E, também, uma rede de transportes públicos em crescimento, com iniciativas elétricas. Dentre as estratégias está o aumento da oferta do transporte público e bilhete com preço acessível.

Em segundo lugar, quem segue em destaque é Hong Kong – cidade que pelo segundo ano consecutivo lidera o Subíndice de Transporte Público. E, de acordo com o ranking, continua sendo modelo de transporte público. Isso graças à eficiência, ao valor da passagem acessível e à acessibilidade. Fatores que permitiram que o sistema de transporte público da cidade representasse nada mais, nada menos que 71% de toda a distância percorrida na cidade.

O estudo destacou ainda o fato de as autoridades municipais reforçarem ainda mais o sistema de trânsito que, em 2023, começaram a trabalhar numa nova estação que ajudaria a conectar as partes oriental e ocidental dos Novos Territórios.

Perspectivas para a mobilidade sustentável

A pesquisa também identificou que uma das soluções para o desenvolvimento de transportes é o investimento constante. Os dados mostram que mesmo as cidades classificadas na metade do ranking para baixo podem dar passos em frente na modernização dos seus sistemas de mobilidade com investimento contínuo nos aspectos essenciais. Jeddah e Bangkok, subiram no ranking devido aos esforços realizados para aumentar o número de passageiros do transporte público com tarifas acessíveis.

No entanto, o feito pode não ser válido para todas as cidades. Como no caso de Cingapura, Zurique e Los Angeles, que perderam posições no ranking.

Para 45% dos consumidores que participaram da pesquisa, a acessibilidade e disponibilidade são fatores importantes para a tomada de decisões relacionadas à  mobilidade. Logo, as cidades que disponibilizam uma rede de transporte público fácil de usar têm em mãos um investimento inteligente para quem quer aumentar o número de passageiros do transporte público e seus recursos econômicos. Segundo a Climate Leadership Group – coalizão C40, para cada US$ 1 bilhão investido em transporte público, há um retorno cinco vezes maior. Além disso, a criação de 50 mil empregos.

Por fim, no que tange à mobilidade sustentável, o estudo traz à tona a reflexão sobre como a mobilidade pode ser, de fato, sustentável se for nutrida por petróleo e gás ou pela geração de energia com elevado teor de carbono.

Neste aspecto, o estudo enfatiza que muitas das principais cidades no Subíndice de Mobilidade Sustentável precisam concentrar os esforços na busca por alternativas mais ecológicas. O exemplo são cidades como Amsterdã, Berlim, Munique e Oslo, indicadas como cidades com alto teor de comprometimento com a energia limpa, por usarem energia de fontes renováveis.

Como conclusão, os estudiosos salientam que o dinamismo urbano depende, basicamente, do tripé que inclui: redes de mobilidade financeiramente acessíveis, convenientes e sustentáveis. Dessa forma, à medida que as imposições globais colocam em causa os meios de subsistência e o clima, as cidades devem garantir a sua viabilidade como locais para viver e trabalhar no futuro.

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