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26 de julho de 2024

Na briga das ruas, motos levam a pior no trânsito


Por Mariana Czerwonka Publicado 21/09/2012 às 03h00 Atualizado 09/11/2022 às 00h04
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Em 2011, o governo estadual gastou R$ 2,2 milhões com feridos em acidentes com motociclistas Rápidas para fugir dos congestionamentos e dos gargalos do trânsito de Ribeirão Preto, as motos também são as primeiras no duro ranking de acidentes nas ruas da cidade e da região. De cada 10 acidentes com vítimas, 8 envolvem motociclistas, segundo aponta as estatísticas oficiais. De acordo com números da Secretaria Estadual da Saúde, dos 2.226 acidentes de trânsito com registro de feridos encaminhados à rede estadual da região de Ribeirão Preto no ano passado, 1.472 (81,45%) envolveram motocicletas. Pelo levantamento, 274 ocorrências foram de atropelamentos, 255 acidentes com carro e 225 envolvendo ciclistas. O gasto com socorro dos motociclistas foi de R$ 2,2 milhões, contra R$ 1,46 milhão do restante de atendimentos. No total, o Estado desembolsou no ano passado R$ 3,6 milhões para socorrer as pessoas que se feriram nas 26 cidades que compõem a Diretoria Regional de Saúde (DRS) XIII. Briga nas ruas Com uma frota de 457 mil veículos (leia mais a baixo), a disputa por espaço nas ruas e avenidas de Ribeirão Preto é cada vez maior. Para Marcos Rogério de Souza, de 39 anos, proprietário de uma empresa de mototáxi, a vida dos motociclistas não é fácil. “Os carros não respeitam as motos. Somos fechados a todo o momento. Em um acidente, quebrei a perna em quatro lugares e fiquei parado por um ano”, explicou Souza. “O motorista fugiu, mas consegui identificá-lo, mas a indenização que a Justiça aprovou foi de apenas R$ 3 mil”, acrescentou. O mototaxista Manuel Santos, de 42 anos, disse que dirige com todo o cuidado. “Os carros fecham a gente. Parece que fazem de propósito para atrapalhar o nosso trabalho. Ando sempre devagar”, explicou. Outro lado Em contraponto, os condutores de carros afirmam que são os motociclistas que não respeitam as leis de trânsito. “O pessoal das motos acha que são os donos da rua. Ultrapassam a gente de qualquer jeito e muitas vezes danificam o espelho retrovisor do veículos”, falou o taxista Jânio Augusto, de 52 anos. “Eles [motociclistas] não respeitam ninguém, nem os pedestres. Parece que a lei só existe para os carros”, reclamou o empresário Jorge Silva, de 38 anos. Frota de motocicletas cresce 137,3% Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em julho de 2012 a frota de Ribeirão Preto atingiu 457,5 mil veículos, aumento de 205,2 mil (81,3%) em relação a julho de 2002. O crescimento do número de motocicletas, porém, foi maior. A frota deste veículo pulou de 51,4 mil para 122,1 mil em dez anos (aumento de 137,3%). Números O número de carros circulando em Ribeirão Preto passou, em 10 anos, de 160 mil para 262,1 mil (63,8%). Micro-ônibus, camionetas e utilitários saltaram de 21,3 mil para 46,3 mil, aumento de 117,4%. Finalizando a lista, a frota da cidade conta hoje com 1,76 mil ônibus, 12,37 mil caminhões, 7,46 mil reboques e 5,2 mil veículos que não se encaixam nas categorias anteriores. Fonte: A Cidade

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