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02 de novembro de 2024

Novo equipamento permite PRF visualizar droga e contrabando


Por Talita Inaba Publicado 05/01/2013 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h53
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Um novo equipamento utilizado já há alguns anos na fronteira do México com os Estados Unidos está ajudando a PRF (Polícia Rodoviária Federal) a combater o crime organizado. O scanner faz uma radiografia completa dos veículos que passam pelo local que está instalado o aparelho. Tudo que está dentro do carro é detectado pelas lentes do instrumento. Com isso, quando a polícia para o veículo para a revista é porque já há a confirmação da suspeita de que algo errado acontece.

O assessor de comunicação da PRF Tércio Baggio explica que o equipamento faz um verdadeiro ‘pente fino’. “A gente consegue visualizar o que tem dentro do carro sem precisar desmontar a carga. Ele pega tudo. Se passar dez mil veículos pelo local que estiver o equipamento, dez mil veículos são observados”, revela. Antes, ele explica que determinadas cargas sequer eram olhadas.

Como exemplo citou uma apreensão de 406 kg de cocaína que estava dentro de um caminhão frigorífico. O policial lembra que se não tivessem certeza da carga suspeita jamais parariam o caminhão. “Esse tipo de veículo a gente não parava. Porque ao retirar o lacre comprometeríamos a carga. E se não encontrássemos nada. Como justificaríamos?”, diz. Agora, segundo ele, a otimização é total. O trabalho é muito melhor aproveitado. Entretanto, apesar do avanço ele lembra que o aparelho vem contribuir com o que a polícia já faz. “O trabalho policial não é isolado. Tem o serviço de inteligência. A parte aérea. São muitas as frentes que a polícia atua para combater o crime”, diz. Baggio lembra que como o aparelho fica em um carro, a paisana, ninguém sabe que está sendo fiscalizado. Além disso, a mobilidade permite a polícia levar o equipamento para onde for necessário. “Não fica em único lugar. Uma das características é ele ser dinâmico”, revela.

Dados

Cinco aparelhos estão sendo utilizados pela polícia no Brasil. Um no Mato Grosso do Sul. Cada equipamento custa em média R$ 2 milhões. O investimento é considerado pequeno diante do benefício. Outros estados devem receber o aparelho em breve. Mato Grosso do Sul, por ser um estado que faz fronteira com vários países, pode receber mais equipamentos. Contudo não há prazo definido para que os novos aparelhos sejam comprados pelo governo federal e encaminhados para a PRF. Já com o uso do scanner, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano registrou aumento de apreensão de crack, cigarro, equipamento de informática, medicamentos, pneus e outros objetos, em relação ao mesmo período do ano passado. O numero de crack apreendido subiu de 5.135 gramas para 10.711 gramas. Cigarro subiu de 328.345 para 536.341 pacotes. Equipamentos de informática 1.672 para 12.759. Pneus de 117 para 525. O numero de medicação apreendida foi de 1.335 unidades para 111.822.

Fonte: MidiaMax

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