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06 de outubro de 2024

Oscilação do preço do petróleo tende a continuar e pode afetar gasolina

Saiba como as altas e quedas na precificação podem impactar a realidade de consumidores e investidores.


Por Agência de Conteúdo Publicado 19/03/2023 às 18h00
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O preço do petróleo tem sofrido fortes oscilações nos últimos meses, sendo comparado à movimentação de uma montanha-russa. Passando por quedas consecutivas no final de 2022, já havia a expectativa de alta para 2023. A elevação de preços observada no início de janeiro foi sucedida por nova retração e os impactos do sobe-desce são motivos de preocupação.

Para os consumidores, o principal temor é como a precificação do petróleo pode refletir nos custos dos combustíveis. No Brasil, onde as rodovias ainda são a principal alternativa para o transporte de pessoas e o escoamento de produtos, o aumento de preços do diesel e da gasolina tem a capacidade de provocar a alta da inflação.

As oscilações do preço do petróleo também preocupam os brasileiros que investem. Na Bolsa de Valores (B3), estão listadas companhias tradicionais do setor, como Petrobras (PETR4), PetroReconcavo (RECV3), 3R Pretroleum (RRRP3) bem como a PetroRio (PRIO3) que, no final de 2022, incorporou a Dommo Energia (DMMO3). 

Mas a instabilidade no preço do petróleo não traz impactos apenas para as empresas do setor, que podem ter as ações valorizadas diante do movimento de alta e sofrer com a desvalorização nos períodos de queda. O sobe-desce do petróleo pode ser avaliado como um indicativo de incertezas econômicas, o que tende a preocupar os investidores de forma geral.

Histórico de queda

A preocupação com os rumos da economia global foi a justificativa do mercado internacional para a queda de preços do petróleo durante várias semanas consecutivas no final do ano passado. 

Num contexto em que as principais economias do mundo sofriam desaceleração, o mercado confirmou a queda da demanda pela commodity. No início de janeiro de 2023, por exemplo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) informou a possibilidade de uma recessão global.

A projeção foi feita com base nos momentos vividos por Estados Unidos, China bem como a União Europeia. A economia estadunidense enfrentava a pior inflação dos últimos 40 anos. O mercado chinês interrompeu as negociações comerciais a fim de frear a nova onda de casos da Covid-19 no país. Já os países europeus sofriam os impactos diretos da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Movimento de alta

Ainda no final de 2022, mesmo em meio às quedas consecutivas do preço do petróleo, o banco holandês Rabobank afirmou que o movimento de alta aconteceria. Além disso, disse que seria em breve. A projeção se baseava na conhecida lei da oferta e da procura.

Naquele momento, reduziu-se a produção de petróleo para atender o ritmo menor da demanda. No entanto, no momento em que a oferta ficasse abaixo da procura, os preços subiriam. 

Na segunda semana de janeiro, o valor do petróleo oscilou para cima. O fato ocorreu após o governo dos Estados Unidos informar sobre a possibilidade de consumo recorde da commodity em 2024. 

Desde então, o petróleo vive altos e baixos. O movimento mais recente ocorreu em março, quando a expectativa com o aumento da demanda chinesa após a reabertura do mercado provocou nova alta de preços.

Reflexos

Nos últimos anos, o aumento de preços do petróleo no mercado internacional impactou diretamente os custos nas refinarias. Ou seja, isso elevou o valor dos combustíveis e ocasionou a alta da inflação. 

A reação em cadeia se deu por conta da política econômica adotada pelo ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, de paridade dos preços praticados no mercado nacional com o internacional.

Em entrevista concedida no dia 2 de março, o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a Paridade de Preços de Importação (PPI), por exemplo, não é a única forma de precificar o produto.

Na mesma ocasião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que disponibilizaria técnicos do Ministério de Minas e Energia para encontrar alternativas para que as variações do mercado internacional não pesem no bolso dos brasileiros.

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