Pedágios podem liberar trânsito se houver fila grande
É muito comum, no carnaval, acontecer de o motorista encontrar filas enormes nas praças de pedágio das estradas. Mas existem situações em que a cobrança tem que ser suspensa, e a passagem, liberada para desafogar o trânsito.
Quem saiu no início da tarde de Belo Horizonte para São Paulo encontrou a rodovia Fernão Dias tranquila. Foi o que seu Alberto fez para evitar engarrafamentos, que ele já pegou, inclusive, nos postos de pedágio. “Já ficamos parados no pedágio meia hora, 40 minutos”, conta ele.
O caminhoneiro José Ferreira também já enfrentou lentidão lá. “Tudo lotado, engarrafado. E paguei o pedágio.”
Mas não deveriam ter cobrado. Nesses casos, o contrato de concessão prevê isenção de pagamento se houver fila com mais de 300 metros ou dez minutos de espera no pedágio.
Além da Fernão Dias, os pedágios em outros sete trechos de rodovias federais também devem liberar o trânsito se a fila passar de 300 metros ou a espera for de dez minutos.
Na Via Dutra, principal ligação entre o Rio e a capital paulista, o contrato com a concessionária prevê que a fila de espera não pode ser superior a 450 metros. Mas o movimento tem de ser inferior a 1.008 veículos por hora. Em outras rodovias, os contratos preveem regras variáveis.
O motorista tem como saber quando pode reivindicar este direito. As concessionárias são obrigadas a pintar, no asfalto, faixas. Ela é que indica o limite máximo de distância até as cabines de cobrança.
“Poder identificar o horário, o tempo que ficou parado. Colher o máximo de informações possíveis e encaminhar isso através da ouvidoria para subsidiar uma verificação por parte da fiscalização”, explica Cláudio Lobato, coordenador da ANTT/MG.
A professora Janete Lara já sabe o que fazer se pegar engarrafamento no pedágio na volta para casa. “Pedir para não cobrar. Creio que eles mesmos já vão fazer isso.”
Fonte: Jornal Nacional