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Pela 1ª vez em dez anos, produção de veículos no Brasil deve cair


Por Talita Inaba Publicado 10/12/2012 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h55
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A produção anual de veículos no Brasil vai cair pela primeira vez em dez anos, segundo projeção da Anfavea (associação das montadoras).

Depois de sustentar uma previsão de alta de 2% até o mês passado, a entidade agora projeta para 2012 um recuo de 1,5%. A retração acontece apesar de uma retomada mais forte nas fábricas a partir do meio do ano e é explicada por estoques elevados de 2011 e a perda de mercado no exterior.

O mercado ficou travado até maio devido ao alto endividamento das famílias e a restrição do crédito. Com estoques elevados, a produção acumulou uma retração de 10% no início do ano.

As vendas foram retomadas graças à redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) ao setor e o destravamento do crédito. Além de uma demora maior para reação na indústria, a produção foi afetada também pela retração nas exportações.

Entre janeiro e novembro, foram produzidos 3,083 milhões de veículos no Brasil, número 2,1% inferior ao do mesmo período do ano passado. A previsão é de um nível forte para dezembro para fazer frente à alta de demanda no último mês com o benefício.

Algumas empresas já anunciaram a suspensão das férias coletivas, tradicionalmente previstas para meados de dezembro.

A produção deve se recuperar em 2013, já que o nível de estoques será menor na virada do ano. A projeção é de um avanço de 4,5%, para 3,5 milhões de unidades.”Não se esqueça que novos “players” [empresas] produzirão no Brasil. Isso contribui para a produção nacional”

VENDAS

Apesar da queda na produção, o setor deve registrar mais um ano com recorde de vendas e crescimento bem superior ao PIB (Produto Interno Bruto). A expectativa da Anfavea é terminar o ano com alta de 4,9% nas vendas, ante crescimento estimado em cerca de 1% para toda a economia brasileira.

Em novembro, as vendas caíram 3% na comparação com 2011, afetadas principalmente pelos feriados e pela antecipação das compras em outubro, quando acabaria o benefício do IPI reduzido –ele foi prorrogado pela segunda vez até 31 de dezembro.

No acumulado do ano, porém, as vendas registram alta de 4,8% (3,442 milhões de unidades).

A expectativa é que o fenômeno da corrida dos consumidores às concessionárias se repita no último mês do ano devido ao fim do IPI e à injeção do 13º salário na economia, resultando em um mês com forte volume de vendas.

“Temos que trabalhar para chegar nesses números. Não é só fazer a projeção”, diz o presidente da entidade, Cledorvino Belini. Ele descarta uma nova prorrogação do IPI reduzido a partir de janeiro. Para 2013, a previsão é que os negócios cresçam 4% ante 2012.

Fonte: Folha.com

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