São Paulo detém quase 20% de toda frota nacional de veículos
Número de carros na capital paulista cresceu 68,7% em dez anos. Cidade possui cerca de 8,2 milhões de veículos nas ruas
A cidade de São Paulo detém 17,8% de toda a frota nacional. Atualmente, a metrópole possui aproximadamente 8,2 milhões de veículos.
Entre 2001 e 2011, a frota da capital paulista cresceu 68,7%, que corresponde a mais de 3,4 milhões novos veículos nas ruas. Em 2001, São Paulo tinha uma frota de 4,9 milhões de automóveis, revela o levantamento Observatório das Metrópoles.
Pelo país
Segundo o levantamento, não foi só em São Paulo que a frota de veículos cresceu nos últimos dez anos. Nas 12 principais capitais do País, o número praticamente dobrou no mesmo período.
De acordo com o estudo, o crescimento médio no número de veículos foi de 77%, sem que a infraestrutura viária e os órgãos de controle do trânsito acompanhassem o ritmo.
As 12 principais metrópoles somam 20 milhões de veículos, o que corresponde a 44% da frota nacional.
Despreparadas
Segundo o levantamento, que classifica o crescimento de frota de acordo com o crescimento relativo, ou seja, pelo porcentual de aumento do número de carros, São Paulo e Rio, capitais que já tinham as maiores frotas de carros do País, ficam nas últimas posições do ranking.
Na última posição, o Rio de Janeiro teve um crescimento de 67% na frota de veículos, o que significa um acréscimo de 1 milhão de carros em dez anos.
Já São Paulo teve crescimento populacional de 7,9% na década e o porcentual de aumento de carros foi de 68,2%.
O estudo relata que as duas capitais não estavam preparadas para receber tantos carros a mais. Em São Paulo, por exemplo, em 2001 havia 1,2 mil agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) orientando o trânsito nas ruas. De lá para cá, mesmo com dois concursos públicos para agentes, esse número não chega a 2 mil.
A principal obra viária no período foi a ampliação da Marginal do Tietê, que trouxe mais três pistas para a via expressa. Nesse período, a velocidade média dos carros no horário de pico, medida pela CET no Corredor Eusébio Matoso-Rebouças-Consolação, caiu de 17,9 km/h para 7,6 km/h.
Para especialistas e autoridades, o avanço resulta de três fatores: aumento da renda da população (especialmente da classe C), reduções fiscais do governo federal e facilidades de crédito promovidas pelos bancos.
FONTE: InfoMoney