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26 de julho de 2024

Seguradoras pedem queda do IOF para carros


Por Mariana Czerwonka Publicado 24/09/2012 às 03h00 Atualizado 09/11/2022 às 00h04
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São Paulo – Cerca de um terço da frota, possui proteção contra roubo ou perdas parciais. Mas as seguradoras buscam ampliar esse montante nos próximos anos, o que pode ocorrer com a redução do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). A medida está em estudo pelo mercado — representado pela Confederação Nacional das Empresas de Seguro (CNSeg) — junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep).

A proposta é voltada para carros com mais de 10 anos de fabricação e consiste em um seguro popular usado, com isenção ou redução do IOF, que incide em 7% sobre o valor anual da apólice.

O estudo também pede  permissão para o uso de peças retificadas, de origem legal e certificadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), no reparo dos veículos por perda parcial.  

José Carlos de Oliveira, diretor de Automóveis da Marítima Seguros, explica que o produto alternativo permite uma redução do valor de até 20%. “O uso da peça recuperada mais a redução para 2% do IOF, por exemplo, permite uma diminuição de cerca de 20% do valor da apólice.”

Oliveira acrescenta que o benefício será direto para o mercado segurador. “A ideia do produto alternativo é poder dar condições para que as pessoas fora do mercado entrem.” Hoje, as seguradoras aceitam apenas veículos que têm até 10 anos de fabricação.

O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP),  Mário Sérgio de Almeida Santos, concorda que deveria haver  uma isenção do IOF  juntamente com os incentivos para a compra de automóveis, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados  (IPI). “[Carro] teria que ser vendido com a isenção dos impostos como um todo. Isentou (IPI),  mas os acessórios ficam na mesma.”

O assunto em destaque em 2012 está também na estabilização do preço do seguro, já que em 2011 houve uma verdadeira “guerra de preços”. “Este ano entendemos que as seguradoras estão com mais juízo, porque os preços pararam de cair. Essa guerra de preços prejudicou, porque para haver redução deveria melhorar o índice de sinistralidade com a melhora da malha viária e da segurança, fatos que continuam estáticos.”

Além da concorrência, o diretor da Marítima Seguros, José Carlos de Oliveira, chama atenção para a receita financeira, que também teve redução dos ganhos com a taxa básica de juros (Selic) em 7,5% ao ano. O executivo explica que o impacto em veículos é maior, pois a sinistralidade é superior à de outras modalidades em 67%, e as seguradoras dependem mais da aplicação dos recursos financeiros.

Oliveira revela que a sinistralidade em roubos elevou de 5% a 7% no mês de agosto e que as indenizações por perda parcial se elevaram entre 4% e 5%. “A Marítima busca expansão regional em lugares onde há menor sinistralidade, como cidades do interior de Pernambuco, Ceará, e também do sul e do sudeste do País. Nesses lugares as indenizações por roubo não passam de 15%, enquanto em São Paulo, Campinas ou Porto Alegre o peso é de 30% a 35%.”

Resultados

De janeiro a julho deste ano, o mercado de seguros de automóveis evoluiu aproximadamente 14%, para R$ 15,8 bilhões, se comparado com o de mesmo período do ano passado.

Na Marítima Seguros o total de prêmios emitidos foi de R$ 335 milhões, alta de 31%. A projeção para o final do ano é de atingir R$ 600 milhões em prêmios.

FONTE: Panorama Brasil

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