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Trânsito caótico e a política de mobilidade


Por Mariana Czerwonka Publicado 03/10/2011 às 03h00 Atualizado 10/11/2022 às 18h47
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O planejamento urbano é o processo de criação e desenvolvimento de programas que buscam melhorar ou revitalizar certos aspectos dentro da área urbana do município (centro da cidade e bairros), tendo como objetivo propiciar aos habitantes a melhor qualidade de vida possível. Conforme a Carta Mundial do Direito à Cidade (2004) “o modo de vida urbano interfere diretamente sobre o modo como estabelecemos vínculos com nossos semelhantes e com o território”. Um dos fatores que interfere na formação e manutenção desses vínculos diz respeito aos riscos cotidianos. Entre os fenômenos urbanos que decorrem em sofrimento humano nos dias atuais, sem dúvida é a situação caótica do trânsito e a ausência de uma boa política de mobilidade urbana nas cidades de médio e grande porte. Atualmente em Ponta Grossa, a situação geográfica, o desenvolvimento sócio econômico e o crescimento de forma desordenada da área urbana vêm causando ao município impacto desastroso no trânsito, tornando o processo de planejamento de tráfego, lento, frágil e suplantado. O trânsito da cidade está se tornando cada vez mais saturado, não apenas em horário de pico, mas até nos horários de menos movimento e quase sempre culminando nos intoleráveis congestionamentos no centro e em alguns bairros. Não é por acaso que os números de violência no trânsito só crescem e infelizmente não são apenas casos de buzinadas, xingamentos e bate boca, acontecem muitos acidentes em função da pressão emocional e stress, algumas vezes com graves conseqüências. Com a perspectiva de crescimento dos investimentos públicos que a cidade tem vislumbrado, ocasionando o rápido aumento populacional, sugere-se a necessidade um Plano Diretor específico e eficaz para os problemas de trânsito. Ele deve estabelecer diretrizes e pautas para ações públicas e privadas, com o objetivo de garantir as funções sociais da cidade e com ampla participação da sociedade, prevendo uma melhor distribuição das áreas industriais, dos serviços públicos e da produção habitacional, para que os trabalhadores tenham mais e melhores empregos em regiões mais próximas a seu local de moradia, de estudo e de outros direitos sociais. Com isso, pode-se garantir mais segurança aos pedestres e motoristas, menos estresse emocional e melhor qualidade de vida para a população. Uma boa política de mobilidade urbana em defesa dos interesses de seus usuários depende fundamentalmente dos serviços da acessibilidade à cidade, acesso dos cidadãos e eficiência nos serviços de transporte público, a fluidez adequada das vias públicas, sejam por pedestres ou por veículos motorizados ou não-motorizados além de um bom planejamento de uso do solo. Com essas ações, são vastas as oportunidades de evitar o agravamento de tensões sociais e redução dos riscos de prejuízos à sustentabilidade ambiental e de entraves ao crescimento econômico municipal, como preconiza o Estatuto das Cidades. Sendo assim, as ações para ordenar o trânsito e a mobilidade urbana precisam partir do governo, porém todo o cidadão que respeita as Leis de trânsito dirige com atenção e apresenta um comportamento civilizado quando está ao volante ou transitando a pé pelas vias públicas, não apenas ajudará a salvar vidas, mas estará contribuindo para um novo conceito de cidadania e ética, assumindo um papel fundamental na formação de valores, tornando-se um indivíduo mais critico e consciente do seu papel social. A educação de trânsito é hoje uma preocupação mundial. Se a falta de educação leva ao subdesenvolvimento e mata a longo prazo, a falta de educação no trânsito mata de imediato! Fonte: Jornal da manhã

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