Veja como dirigir de maneira mais eficiente e segura
Após análise de milhares de acidentes, foi possível chegar às seguintes conclusões: 90% dos acidentes são causados por falhas humanas, 4% por falhas mecânicas e 6% por más condições das vias. A partir desses dados, pode-se concluir que a maioria das falhas humanas pode ser evitada, tomando-se alguns cuidados básicos.
A primeira dica, e uma das mais importantes, é aprender a dirigir defensivamente. “Os condutores devem lembrar que conhecer as técnicas não basta. É preciso praticá-las no dia a dia, reconhecer e abandonar antigos vícios e maus hábitos e alterar o comportamento, automatizando procedimentos e atitudes corretas”, explica Eliane Pietsak, responsável pela área de educação da Tecnodata.
Conduzir de maneira eficiente e segura traz algumas vantagens para o condutor como: diminuição dos riscos, redução no consumo de combustível, redução na emissão de gases poluentes, menos gastos com defeitos no veículo e ainda mais conforto ao dirigir.
Para atingir esses objetivos, o Portal do Trânsito lista algumas dicas para a melhora na maneira de dirigir.
Antecipação e previsão de riscos
O condutor está dirigindo e vê uma bola rolando pela via, imediatamente prevê que uma criança distraída venha logo correndo atrás da bola. Esse é um exemplo que ilustra muito bem a previsão no ato de dirigir.
Na direção e pilotagem defensiva, a previsão ocorre simultaneamente com a atenção. Enquanto o condutor observa tudo com atenção, seu cérebro prevê e antecipa possíveis acontecimentos, agindo prontamente, sem ser tomado de surpresa.
Velocidade moderada, constante e compatível
A velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura. O bom senso manda que a velocidade do veículo seja compatível com todos os elementos do trânsito, principalmente às condições adversas. A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação eficiente em caso de perigo. Em alta velocidade, muitas vezes não há tempo suficiente para evitar o acidente.
Não dirigir com pé apoiado na embreagem
Esse hábito, que é muito comum entre condutores, pode reduzir a vida útil do disco de embreagem em até 50%. Ao colocar o pé no pedal, qualquer que seja a pressão exercida, o condutor estará pressionando o diafragma do platô, e acionando o sistema de embreagem. Como a embreagem trabalha com um sistema de alavancas, a mínima pressão do pé no pedal é multiplicada por um peso muito superior sobre o sistema. Isso significa que o disco da embreagem fica permanentemente um pouco afastado do platô, causando superaquecimento e desgaste do disco, provocando “arranhões”, que invariavelmente decretam uma troca prematura do sistema.
Os principais sintomas de desgaste no sistema são: a sensação de que o carro “patina” ao arrancar (principalmente em subidas); dificuldades em acionar o pedal e “arranhadas” ao trocar de marcha.
Usar o freio motor
O condutor está em quinta marcha numa rodovia e surge uma descida. Imediatamente o condutor reduz uma ou mais marchas e desce com o veículo engrenado, utilizando o próprio funcionamento do motor para diminuir ou controlar a velocidade do carro. Essa é a utilização do freio-motor, que ao contrário do que alguns imaginam, não acarreta danos ao sistema de embreagem, essa prática ajuda a manter o veículo sob controle.
O fato de reduzir uma ou mais marchas faz com que as rotações do motor se elevem e ao mesmo tempo passam a impor uma velocidade controlada ao automóvel. Descer com o carro desengrenado ou, como muitos falam, na banguela, é uma prática não recomendada. Em resumo: manter o carro engrenado sempre, mesmo nas descidas, e em conjunto com os freios, dessa forma o motorista estará sempre numa condução segura e tranquila.
Utilizar pneus de qualidade
Os freios param as rodas, mas são os pneus que param o veículo. Como todos os demais itens de segurança, os pneus devem ser constantemente verificados pelo proprietário ou condutor do veículo.
Deixar a manutenção de lado no caso dos pneus é uma economia que não compensa. Pneus em bom estado permitem evitar acidentes graves e poupar vidas.
Manutenção preventiva
Fazer a manutenção preventiva é muito mais econômica porque geralmente evita que os problemas se agravem. A melhor maneira de fazer a manutenção preventiva é seguir as recomendações indicadas pelo fabricante, dentro dos prazos e quilometragem do manual do veículo.
Na manutenção corretiva os problemas existentes precisam ser reparados imediatamente, pois as peças com defeito podem danificar outros componentes comprometendo a segurança. Como em muitas outras áreas da vida, adiar a solução dos problemas só servirá para agravá-los ainda mais.
Cuidados com a carga transportada
No transporte de cargas em geral ou em qualquer situação que obrigue o condutor a dirigir transportando objetos, a carga transportada poderá transformar-se em uma condição adversa, comprometendo a segurança.
Sempre que transportar cargas, o condutor deve observar os seguintes pontos: o volume e o peso devem ser compatíveis com a capacidade do veículo, passageiros não devem ser transportados nos compartimentos de carga ou vice-versa, certificar-se que a carga está imobilizada e bem acondicionada.
Temperatura ideal no interior do veículo
Apesar de poucos terem conhecimento, a temperatura no interior do carro é muito importante e influencia no ato de dirigir. Um condutor que está passando calor pode desencadear sintomas de fadiga, o que pode contribuir para momentos de distração e “desligamentos” do condutor.
Essa condição é muito perigosa e pode causar acidentes. Por outro lado, dirigir com muito frio também não é uma experiência agradável e pode causar desconforto para o condutor. Especialistas no assunto recomendam que a temperatura no interior do veículo fique entre 22° e 24°.
O maior aliado para manter a temperatura ideal no carro é o ar-condicionado, que antes era um item de luxo e atualmente é um elemento fundamental nos veículos.