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10 de outubro de 2024

Verdade ou Fake: limitador de velocidade vai ser obrigatório nos automóveis novos?


Por Mariana Czerwonka Publicado 26/01/2022 às 11h15 Atualizado 08/11/2022 às 21h15
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Circula nas redes sociais uma mensagem dizendo que o limitador de velocidade será obrigatório a partir de agora. Verdade ou mentira? Veja a resposta!

Há um texto circulando nas redes sociais que informa que o limitador de velocidade será equipamento obrigatório nos veículos a partir de agora. A informação procede, mas não no Brasil. A matéria fala sobre uma lei que entrará em vigor na Europa e não em nosso país.

O uso do Assistente Inteligente de Velocidade, um sistema de segurança que limita a velocidade em automóveis, passará a ser obrigatório em novos modelos de veículos a partir de 6 de julho de 2022 em toda a União Europeia.

Já a partir de 7 de julho de 2024 o limitador de velocidade terá que fazer parte de todos os modelos em comercialização, independentemente do ano em que foram lançados, na UE.

Como funcionará o sistema na Europa?

Através dos dados do GPS e do uso de uma câmera frontal capaz de reconhecer sinais de trânsito, o veículo alertará o condutor de que está circulando acima da velocidade. A ideia inicial era que o veículo reconhecesse o limite e não o excedesse de forma nenhuma. O condutor não poderia se sobrepor ao sistema.

Após a análise dos riscos associados a um sistema limitador de velocidade que o condutor não poderia, de forma alguma, contrariar (por exemplo, em plena ultrapassagem) a Comissão Europeia voltou atrás sobre o modo de funcionamento do sistema.

Dessa forma, o condutor poderá desligar o Assistente Inteligente de Velocidade. Além disso, ele receberá somente um alerta de que está excedendo a velocidade, que poderá acontecer de quatro formas distintas:

  • Aviso acústico;
  • Aviso através de vibração;
  • Feedback tátil através do pedal do acelerador;
  • Função de controle de velocidade.

É possível que essa exigência venha para o Brasil?

Se analisarmos, todos os sistemas de segurança implementados na Europa e nos Estados Unidos, um dia chegam ao Brasil, porém deve demorar um pouco.

Para Celso Mariano, devemos aproveitar esse tempo enquanto a determinação não chega aqui para resolver como é que vamos lidar com a futura legislação. “Os modernos recursos que estão sendo incorporados nos veículos novos têm uma gama infinita de interferências muito mais diretas do que estávamos acostumados no modo como dirigimos. Esse maior poder atribuído ao veículo permitindo alterar comandos do condutor, por exemplo, não é bem visto por todos”, conta.

O especialista diz que é ponto pacífico que para várias das funções que os condutores exercem no trânsito a combinação de hardware e software, como um limitador de velocidade, é capaz de evitar várias das falhas cometidas, por exemplo.

“Em um ambiente plenamente inteligente onde a via e todos os veículos estão se comunicando cai praticamente para zero as chances de acontecer um acidente”, explica Mariano.

Por que os veículos são fabricados com força e potência para superar os limites máximos permitidos nas vias?

Celso Mariano explica que não seria possível limitar um veículo ao ponto de ele não desenvolver velocidades muito acima daquelas permitidas pela lei. “A potência do motor serve não só para desenvolver grandes velocidades, mas para transportar o peso do próprio veículo, dos passageiros e eventualmente da bagagem. Então não há que se falar de que a potência no veículo é necessariamente um exagero e que deveríamos evitá-la. Até mesmo para um veículo de passeio em condições normais, ter potência disponível é uma questão de segurança. No momento da ultrapassagem, por exemplo, é necessário a força do motor”, garante.

Conforme o especialista, fazer uma ultrapassagem especialmente no tipo de rodovia mais comum do Brasil, onde não há separação física das direções de fluxo de uma mesma via, é estar por momentos trafegando na contramão.

“Entre iniciar a ultrapassagem e completá-la voltando para a sua faixa de circulação há uma exposição enorme a riscos. E é muito importante que haja potência suficiente para que toda manobra seja feita com a rapidez necessária para que todo o movimento seja seguro”, conclui.

Ouça o áudio completo do especialista!

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