05 de dezembro de 2025

Detrans mais próximos da população


Por Márcia Pontes Publicado 07/12/2015 às 02h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h30
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Detrans próximosParceria entre Detrans e Secretarias Estaduais de Educação pra aplicação da Resolução 265 para a formação de condutores; incentivar o Planejamento Estratégico Pedagógico nos CFC’s; orientação à população para a defesa de autuações; utilização de ferramentas em tecnologia da informação para levar educação para o trânsito à população. Investir em formação de alunos e professores polinizadores da educação para o trânsito; Detranzinho na escola; atualizar estatísticas a serviço da escola e da sociedade; endurecer a fiscalização, denúncia e punição exemplar para coibir fraudes e vendas de CNH pela internet foram algumas sugestões apresentadas durante o Congresso Brasileiro da Associação Nacional dos Detrans. Mais do que uma sugestão para ampliar a atuação, o papel cidadão dos departamentos estaduais de trânsito em todo o Brasil e a aproximação com a sociedade, trata-se de uma possibilidade de ferramenta de gestão apresentada no Congresso Brasileiro da Associação Nacional dos Detrans, realizado nos dias 2 e 3, em Foz do Iguaçu.

Este foi o tema de minha apresentação na mesa redonda “O Papel da Sociedade em defesa da vida”, que teve como palestrantes e debatedores os especialistas Celso Alves Mariano e Roberta Torres e foi mediado pelo diretor de Habilitação e RENACH do Denatran, Jairo Mota Castro.

Esta extensão ao trabalho realizado pelos Detrans partiu da apresentação de um Programa de Humanização do Trânsito e Plano de Prevenção de Acidentes feito para a cidade de Blumenau, vencedor do 4º Prêmio Fenabrave e que aguarda acolhimento para começar a ser executado.

Acredito que o papel do Detran como ente do Sistema Nacional de Trânsito, mas acima de tudo, como um dos atores da sociedade organizada, é de fundamental importância. Aproximar-se mais da sociedade, orientar, informar, esclarecer e ser um dos pilares de sustentação da educação para o trânsito e da formação de condutores nos estados e no país é uma necessidade.

Já temos exemplos de Detrans orientando a gestão por competências, fazendo paradas pedagógicas com os CFC’s e seus profissionais para repensar o processo e as melhorias na formação de condutores, lançando plataformas digitais para educação para o trânsito, o CFC pedagógico para orientar os CFC’s na parte pedagógica e até se preocupando com o nervosismo dos candidatos em exames de direção.

Detrans que têm serviço de apoio a pessoas com medo de dirigir, a menores infratores no trânsito, que incentivam os profissionais da saúde a formarem equipes de orientação à comunidade para evitar acidentes, dentre outras ações.

Isto é muito positivo e, muitas vezes, não tem tanta visibilidade como deveria, até para que sirva de exemplo para ações que dão certo na luta diária para prevenir e evitar a violência cotidiana no trânsito. Mas, precisamos ir além, buscar melhorias contínuas e diárias.

Quanto mais os Detrans e seus profissionais estiverem próximos da população, a melhor informante sobre si mesma em relação à todas as questões que envolvem o trânsito, melhor, mais eficaz e eficiente serão as estratégias, o processo, o produto e os resultados.

Quando um programa de humanização para o trânsito e um plano de prevenção de acidentes é abraçado por um departamento estadual de trânsito para somar às suas estratégias e linha de ação, a maior beneficiada é a sociedade, que passa, dentre outras coisas, a conhecer o Detran, a importância e a presença de sua atuação ainda mais forte na sociedade.

Estabelece-se uma relação dialógica e sinérgica fundamental que pode aumentar a capilaridade de suas ações, a horizontalização da comunicação com a sociedade civil organizada, mas também a desmistificação da representação por parte da população, de Detrans como departamentos burocráticos de trânsito.

Para além das competências atribuídas pelo artigo 22 do CTB e da conectividade com os demais entes do Sistema Nacional de Trânsito, a proximidade e a presença junto à população, informando, orientando, municiando de estímulos positivos para a aprendizagem de comportamentos seguros e preventivos, cria novos projetos, programas e ações. Pode inaugurar um novo marco, um novo paradigma.

Mais que isso: inaugura uma nova forma de diálogo e parceria com a sociedade.  

Márcia Pontes

Meu nome é Márcia Pontes, sou educadora de trânsito em Blumenau (SC), Graduada em Segurança no Trânsito na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e colunista de assuntos de trânsito do Portal de Notícias Blumenews. Sou pesquisadora do medo de dirigir e dos métodos de ensino da aprendizagem veicular pelo método decomposto, desenvolvido na Suíça e difundido em autoescolas italianas.Em 2010 iniciei nas redes sociais um trabalho de Educação Para o Trânsito Online (EPTon) utilizando a força das mídias sociais (Orkut, Facebook, Blog, MSN, Twitter, Youtube) com foco no acolhimento emocional, aprendizagem significativa e dicas de direção defensiva, ética e cidadania no trânsito.Escrevo o Blog Aprendendo a Dirigir voltado para alunos em processo de habilitação nos CFC e para motoristas habilitados com dificuldades e medo de dirigir. O foco deste trabalho voluntário reconhecido internacionalmente leva acolhimento emocional, aprendizagem significativa e fundamentos de ética, cidadania e humanização do trânsito para evitar acidentes, sobretudo por imperícia.No ano de 2012 publiquei o livro digital Aprendendo a Dirigir: aprendizagem pelo método decomposto para evitar traumas e acidentes durante a (re)aprendizagem da direção veicular. Em 2013 publiquei o livro Aprendendo a Dirigir: um guia prático de exercícios para quem tem medo de dirigir.Sou apaixonada por trânsito, respiro, pesquiso cientificamente e vivo o trânsito com compromisso existencial. A principal luta da minha vida: contribuir para rever e atualizar os métodos de ensino da direção veicular no Brasil substituindo o adestramento do aluno e a memorização pela construção de conceitos e de significados sobre o ato de dirigir defensivamente.

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