PRF diz que protestos bolsonaristas em SC parecem ações de black blocs
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) afirmou nesta segunda-feira (21) em nota que o método usado por manifestantes favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (PL) para bloquear estradas em Santa Catarina lembra ações de terroristas ou de black blocs.
“Os métodos utilizados lembraram os de terroristas ou de black blocks (sic): bombas caseiras feitas de garrafas com gasolina, rojões, óleo derramado intencionalmente na pista, ‘miguelitos’ (pregos usados para furar pneus), pedras, além de barricadas com pneus queimados, latões de lixo, e troncos de árvores cortados e jogados deliberadamente na pista”, listou a corporação em nota.
A PRF disse ainda que houve cerca de 30 bloqueios entre a última sexta-feira e a madrugada de hoje no estado, e que a maioria delas foi “criminosa e violenta”.
“A maioria das paralisações deste final de semana teve caráter diferente das realizadas logo após as eleições. Na maior parte dos casos, tratava-se de ocorrências criminosas e violentas, promovidas no período noturno por baderneiros, homens encapuzados extremamente violentos e coordenados”, diz o comunicado.
Um homem de 37 anos, identificado como líder de um dos grupos, foi preso na madrugada de sábado em Joinville, suspeito de associação criminosa, prejuízo ao transporte público, deterioração de patrimônio alheio e desobediência à ordem legal de um funcionário público. Ele não teve direito à fiança e segue no presídio regional de Joinville, segundo a PRF.
“Embora várias pessoas estivem com o rosto encoberto para não serem identificados, pessoas com atuação de liderança no movimento foram identificadas e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias”, disse a polícia em nota.
Ataque à concessionária no MT
No sábado (19), homens armados atacaram a base da concessionária que administra a BR-163 entre Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. O local foi alvejado por tiros e coquetéis molotov, em meio a um bloqueio de manifestantes favoráveis a Jair Bolsonaro.
Atos semelhantes acontecem no país desde 30 de outubro, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou Bolsonaro no segundo turno das eleições. Os manifestantes contestam o resultado das urnas e pedem intervenção militar.