BR-116 é a rodovia com mais mortes por sinistros no Brasil, diz estudo
Em 2020 foram 690 vidas perdidas na BR-116 em decorrência de sinistros de trânsito. Em segundo lugar aparece a BR-101.
O Painel CNT de Consultas Dinâmicas de Acidentes Rodoviários, divulgado pela Confederação Nacional de Transportes (CNT), mostrou que a BR-116 é a rodovia federal onde ocorrem mais mortes por sinistros de trânsito no Brasil. Em 2020 foram 690 vidas perdidas nesta rodovia. Em segundo lugar aparece a BR-101, com 627 mortes.
Somadas, as duas rodovias concentram quase 25% das 5.287 mortes ocorridas em todas as rodovias federais.
Na sequência, aparece a BR-153 – também conhecida como Belém-Brasília-, com 282 mortes. Depois vem a BR-381, que vai do Espírito Santo até São Paulo. A rodovia registrou 211 mortes em 2020.
“Essa lista das rodovias que mais matam varia muito pouco de um ano para outro. Esse fato reforça a necessidade de políticas públicas e um olhar mais aprofundado para os problemas desses locais”, analisa Eliane Pietsak, pedagoga e especialista em trânsito.
Dados específicos
A BR-116 é ao lado da BR-101 um dos principais eixos rodoviários do país. Saindo do Ceará e terminando no Rio Grande do Sul, a rodovia corta, no total, dez estados, totalizando 4.486 quilômetros (km) de extensão. Com 4.650 km de extensão, a BR-101 sai do município de Touros, no Rio Grande do Norte, e termina em São José do Norte, no Rio Grande do Sul.
As duas rodovias também apresentam o maior número de vítimas de acidentes (com e sem mortes), em relação às demais. De acordo com o Painel, em 2020, foram registrados 8.715 acidentes na BR-101 e 7.397 na BR-116. O número representa 25,3% dos 63.447 acidentes com vítimas ocorridos no Brasil no ano passado.
Custos
O custo anual estimado dos acidentes ocorridos em rodovias federais no Brasil chegou a R$ R$ 10,22 bilhões em 2020.
Os estados de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina lideram o ranking dos custos com acidentes. Em 2020, o valor chegou a R$ 1,36 bilhão em Minas. Em seguida vem Paraná com R$ 1,10 bilhão, e Santa Catarina com R$ 1,03 bilhão.