Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

04 de outubro de 2024

Curitiba já reduziu em 30,6% número de mortes no trânsito desde 2010


Por Mariana Czerwonka Publicado 05/06/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h50
Ouvir: 00:00

Trânsito de CuritibaO número de mortes decorrentes de acidentes de trânsito em Curitiba voltou a cair em 2014, em relação ao ano anterior. Foram 222 mortes (em 207 acidentes), contra 226 em 2013 – uma redução de 1,8%.Com isso, desde 2010 Curitiba já reduziu em 30,6% o número de mortes no trânsito. Os primeiros dados de 2015 mostram que de janeiro a março houve uma queda de 30,5% no número de mortes: foram 41, contra 59 no mesmo período de 2014.

As informações deste ano ainda não foram detalhadas. Mas a análise dos dados de 2014 feita pelo comitê do programa Vida no Trânsito mostra que, em números absolutos, pedestres, homens e jovens na faixa etária de 20 a 29 anos são as principais vítimas de acidentes. Porém o risco de morrer no trânsito é maior para os homens e para pessoas com mais de 70 anos.

Uso de álcool, velocidade excessiva, imprudência e desrespeito à sinalização ocupam os primeiros lugares entre os fatores e condutas de risco associados aos acidentes de trânsito.

Os números de 2014 e do primeiro trimestre de 2015 confirmam uma tendência verificada em Curitiba nos últimos anos, desde que a cidade aderiu ao Vida no Trânsito – projeto do Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a fundação Bloomberg Philanthropies. A meta do projeto – que é realizado também em Belo Horizonte, Campo Grande, Palmas e Teresina – é reduzir o número de mortes no trânsito em 50% entre 2010 e  2020 – período batizado como Década Mundial de Redução de Mortes em Acidentes de Trânsito.

Em Curitiba, desde 2010, o número de mortes no trânsito caiu 30,6% (3,1% em 2011; 15,2% em 2012; 14,1% em 2013 e 1,8% em 2014). Assim, a cidade atingiu em cinco anos mais de metade da meta estabelecida para a década.

A cada ano, os dados do levantamento são analisados por um comitê formado por profissionais das secretarias municipais da Saúde e de Trânsito, do BPTran, da Polícia Rodoviária Federal, do Siate, do Samu e do Instituto de Criminalística. O resultado dessa análise subsidia uma série de ações destinadas a reduzir os acidentes e o número de vítimas.

“A Prefeitura tem investido fortemente em sinalização e ações educativas, olhando sempre para os locais e públicos de maior risco, e isso reflete na redução do número de vítimas”, diz a secretária municipal de Trânsito, Luiza Simonelli.

Para o secretário municipal da Saúde, Adriano Massuda, a identificação dos fatores de risco é fundamental para orientar ações de fiscalização e educação, principalmente blitze conjuntas, quando se pode agregar às ações punitivas da polícia de trânsito ações de sensibilização e convencimento.

Vítimas

As maiores vítimas de acidentes são os pedestres. Dos 222 mortos no ano passado, 80 eram pedestres. Em seguida aparecem ocupantes de motocicletas (69), ocupantes de automóvel (59), ciclistas (11) e ocupantes de caminhão (1). Em dois casos, o perfil da vítima não pode ser identificado.

Embora os pedestres ainda encabecem a lista de vítimas, os dados mostram que a única categoria de usuário com aumentono número de vítimas em 2014 foi a de ocupantes de automóvel.

Na análise por idade, a faixa com maior número de vítimas (54) é a dos 20 aos 29 anos. Porém o risco de morrer no trânsito – mensurado pela taxa de mortes por 100 mil habitantes – émaior entre os idosos com 70 anos ou mais. Nessa faixa etária, foram registradas 24 mortes, o que representa uma taxa de 27,4 por 100 mil habitantes – bem maior que a taxa de 16,4 verificada entre a população de 20 a 29 anos.

Considerando apenas as mortes por atropelamento, o risco para a população de 70 anos ou mais é 16 vezes maior do que para as crianças de até nove anos, por exemplo.

Os dados apontam ainda que em 2014 morreram quase três vezes mais homens que mulheres no trânsito em Curitiba: foram 165 homens e 57 mulheres. A taxa de 74,3 por cem mil habitantes registrada no grupo masculino indica para os homens um risco de morte no trânsito três vezes superior ao das mulheres.

Fatores e condutas de risco

A análise dos fatores e condutas de risco foi realizada com base nos dados de 170 dos 207 acidentes – já que nos demais não havia informações e documentos suficientes para uma análise mais completa e fundamentada.

Os fatores de risco mais presentes nos acidentes de trânsito foram o uso de álcool (30,6%) e a velocidade (30%), seguidos das deficiências de infraestrutura (18,2%), das condições climáticas e das más condições dos veículos – ambos presentes em 6,5% dos acidentes.

Já nas condutas de risco, observou-se que a atitude imprudente do pedestre esteve presente em 53 casos (31,2%). Em seguida aparecem o desrespeito à sinalização (26,5%), e ausência de habilitação dos condutores (11,8%).

Outros fatores e condutas associados a mortes no trânsito são ausência de direção defensiva, transitar em local impróprio ou proibido, condições climáticas, más condições do veículo, converter ou cruzar sem dar preferência, uso de drogas e problemas de visibilidade.

Com informações da Agência de Notícias

Receba as mais lidas da semana por e-mail
[mc4wp_form id=32263]

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *