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10 de dezembro de 2024

Embriaguez é uma das principais causas de acidentes


Por Talita Inaba Publicado 18/09/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h29
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A embriaguez ao volante é uma das principais responsáveis pelas mortes no trânsito em todo o país e também na região noroeste paulista. Um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que 21% dos acidentes registrados no Brasil estão relacionados ao consumo de álcool.

Na região, esta estatística infelizmente não foge à regra e assusta motoristas conscientes e autoridades. Se o estudo divulgado pelo Ministério da Saúde mostrou que 21% dos acidentes registrados no Brasil estão relacionados ao consumo de álcool, a situação no estado de São Paulo é pior.

O levantamento também apontou que somente no estado o número dobra, chega a 40%. As principais vítimas são homens entre 20 e 39 anos. “A bebida causa uma sensação de liberdade, de desprendimento, de querer aparecer e com isso a pessoa está mais sujeito de se envolver em um acidente”, afirma a instrutora de trânsito Giselle Papani da Silva. De acordo com a Polícia Militar, de janeiro a junho de 2013, somente no perímetro urbano de São José do Rio Preto (SP) foram feitas 205 autuações por embriaguez ao volante. No mesmo período do ano passado, 212.

Já nas rodovias estaduais que cortam a maior cidade do noroeste paulista foram 462 autuações e 11 prisões, contra 502 e 23 prisões em 2012. “É importante que os jovens, que por ventura bebam, não dirijam, porque vão poder responder por homicídio doloso se matar uma pessoa no trânsito”, diz promotor de Justiça José Heitor dos Santos. No final de dezembro, a presidente Dilma Rousseff assinou uma nova lei seca, com regras mais duras. Agora o motorista infrator paga uma multa de R$ 1.915 (antes era de R$ 957). Caso ele volte a ser flagrado dirigindo alcoolizado dentro de um ano, a multa ficará ainda mais salgada R$ 3.830.

As demais punições continuam valendo: ele perde a carteira de habilitação e fica proibido de dirigir por 12 meses. “A lei ficou mais rígida e também a fiscalização, com a preocupação de reduzir o número de acidentes, mas a gente vê que o motorista está se conscientizando aos poucos do perigo que é beber e dirigir”, diz o tenente da Polícia Militar Ederson Pinha. Quem já perdeu alguém da família em tragédias envolvendo álcool sabe da importância de não misturar bebida e direção.

O marido da dona de casa Adriana Mazoni Pagani morreu em um acidente de trânsito quando tinha 33 anos. De acordo com o boletim de ocorrência, no carro do motorista que teria provocado a colisão foram encontradas latas de cerveja e um litro de vinho. “O rapaz entrou na contramão por oito a 10 quilômetros quando colidiu de frente com meu marido. Segundo os policiais que atenderam a ocorrência, existiam sim indícios de alcoolismo”, afirma. O julgamento do acusado de provocar o acidente está marcado para o dia 20 de novembro. “Ele tinha a exata noção do que estava fazendo. Para nós o que mais dói é isso, por saber que não foi uma fatalidade”, diz.

Fonte: Globo.com

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