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26 de julho de 2024

Motorista arrisca a vida em 63% das rodovias brasileiras


Por Mariana Czerwonka Publicado 04/11/2013 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h26
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Rodovias brasileiras

Pesquisa mostra que estradas têm pavimento desgastado, placas ilegíveis, faixas apagadas e pistas simples

Estradas retas, seguras, com o pavimento perfeito, duas faixas para cada lado, separados por um largo canteiro central. Esse era o sonho de todo brasileiro. Mas o paraíso que existe fora do país, como nos Estados Unidos e na Europa, está a milhares de quilômetros de distância das nossas rodovias. A pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) de 2013, divulgada ontem, mapeou 96 mil km de malha federal e estadual e, mais uma vez, constatou o caos em que se encontram as estradas, que apresentam problemas em 63,8% da extensão total. No ano passado, o índice era de 62,7%.

No Brasil, a radiografia é de pavimento desgastado, placas ilegíveis, faixas apagadas e pistas simples. Um exemplo é o asfalto, com deficiência em 46,9% das estradas. Desde 2004, a malha federal pavimentada cresceu apenas 12,1%.No Estado. Em Minas, a geometria (traçado) das vias é o principal problema. Mais da metade – 57,1% dos 14.288 km pesquisados – apresenta classificação péssima ou ruim quando o assunto é curvas perigosas, pontes, viadutos e acostamentos longe do ideal.

“Esperamos a correção do traçado das estradas. Quando elas foram construídas, o Brasil precisava de expansão rodoviária a baixo custo e eliminou obras como pontes e aterros. O próprio lucro das rodovias pagaria essa atualização”, afirmou o perito em segurança de trânsito Marco Paiva. No país, o percentual da vias sem uma geometria favorável é de 77,9%.

No quesito estado geral, 33,7% da malha mineira tem falhas que colocam o motorista em risco. “A situação é muito grave. e Minas é uma grande preocupação. A cada ano, o número de veículos pesados aumenta em 250 mil. Vamos enfrentar um caos logístico”, reclamou o presidente da CNT, Clésio Andrade.

Para a motorista profissional Geicelma Ribeiro, 37, as rodovias mineiras são sinônimo de perigo. “Trabalho há sete anos em estradas péssimas, sem acostamento e placas. Estou apreensiva para o período de chuvas, quando há muitos acidentes”, diz.

Em 2012, foram 10.178 acidentes na BR–381, entre Governador Valadares, no Vale Rio Doce, e Extrema, no Sul de Minas – a maioria provocada pela pista simples de mão dupla, presente em 90% da malha do Estado (12.862 km). A expectativa é que na próxima semana a presidente Dilma Rousseff anuncie o início das obras de duplicação.

Não são só rodovias federais que apresentam riscos. Grande parte das vias estaduais, como as MGs 123 e 164, foi reprovada nos quesitos pavimento, sinalização e geometria. Entretanto, segundo levantamento feito pelo próprio Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais(DER-MG), cerca de 70% delas estão em boas condições de conservação.

Fonte: O Tempo

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