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04 de novembro de 2024

Alerta: hospital do PR constata aumento de traumas de face devido a acidentes de trânsito

Um estudo realizado pelo Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) mostra um aumento de 73% na média anual de pacientes acometidos por traumas de face devido a acidentes de trânsito.


Por Assessoria de Imprensa Publicado 31/05/2023 às 18h00
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O movimento Maio Amarelo, que está chegando ao fim, busca chamar a atenção da sociedade sobre o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. No Brasil, a campanha está na sua 10ª edição e tem como objetivo sensibilizar sobre comportamentos mais seguros no trânsito.

Um estudo realizado pelo Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, também levou em conta o número de acidentes sobre trauma de face entre os anos de 2007 até 2017 e de 2018 a 2022. Dessa forma, observou-se um aumento de 73% na média anual de pacientes acometidos por traumas de face devido a acidentes de trânsito.

Conforme os dados, de 2018 ao ano de 2022, cerca de 892 foram os números registrados de pacientes com lesões na face. Desses 441 foram causados envolvendo acidentes de trânsito, sendo: 90 casos com ciclistas, 168 com motociclistas e 183 com automóveis. Os acidentes de trânsito se tornaram ainda mais predominantes em relação a outras etiologias de traumas de face, como quedas por exemplo, passando de 45,1% para 50,25% das causas dessas lesões.

Traumas de face

A especialidade de bucomaxilofacial está presente no Huop há mais de 22 anos. E no ano de 2007, teve início o Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Unioeste/HUOP, nesse projeto há a seleção de dois alunos, anualmente, através de processo seletivo para a residência, que após a graduação em Odontologia leva o tempo de três anos em regime de dedicação exclusiva por parte do residente.

O cirurgião bucomaxilofacial e docente do curso de Odontologia da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), Dr. Eleonor Álvaro Garbin Junior, ressalta a importância de falar sobre o assunto de traumas faciais em campanhas de conscientização de trânsito

“Os estudos epidemiológicos que geram estatísticas locais são parâmetros importantíssimos para determinar diversas diretrizes. Quer seja na forma da prevenção quanto de apoio no que se refere ao tratamento. Da mesma forma poder comparar os nossos dados loco-regionais com os de diversas regiões do Brasil dará mais subsídio para o enfrentamento desse problema. É muito relevante que a população tenha conhecimento que a principal etiologia do trauma de face são os acidentes de trânsito e que estes podem resultar em traumas severos na face, muitos deles com necessidades de tratamentos reconstrutivos complexos e que mesmo quando tratados de forma adequada, a depender da intensidade do trauma e acometimento da região, podem deixar sequelas irreversíveis”, ressaltou o cirurgião.

O profissional também explica que os traumas mais recorrentes que chegam no HUOP são atendidos e estudados por uma equipe multidisciplinar. “O paciente politraumatizado envolve cuidados de uma cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial. Ou seja, tratará das fraturas ou lesões que envolvem a face do paciente. O que engloba a região da maxila, mandíbula, órbita, nariz, osso zigomático entre outros que compõe o complexo bucomaxilofacial”, explicou Álvaro.

Estudos acadêmicos

O docente falou ainda sobre a importância dos acadêmicos de odontologia da Unioeste poderem acompanhar o projeto de ensino chamado Liga acadêmica de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial. “Eles têm a oportunidade de acompanhar os docentes e os nossos residentes. Isso acontece tanto em procedimentos cirúrgicos ambulatoriais como hospitalares, podendo desta forma vivenciar a rotina da especialidade. Além disso, adquirir conhecimentos que serão muito importantes na sua evolução como futuros profissionais”, finalizou o cirurgião bucomaxilofacial.

O acadêmico do terceiro ano do curso, Rafael Vanolli, fala sobre a experiência de fazer parte do projeto ainda durante o curso de graduação. “Participar da LABUCO proporciona o contato com procedimentos que não realizados durante a graduação. A partir da liga nós conseguimos acompanhar a rotina dos residentes, assim como observar cirurgias em ambientes hospitalares. Isso nos proporciona o desenvolvimento de pesquisas e publicação de casos, que propulsionam o nome da instituição para fora”, finalizou o acadêmico.

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