Motoristas e saúde renal: atenção para uma condução segura
Para os motoristas, essa conscientização se torna ainda mais essencial, já que algumas doenças renais podem afetar a segurança no trânsito.

No dia 13 de março, é celebrado o Dia Mundial do Rim, uma data que reforça a importância dos cuidados com a saúde renal. Para os motoristas, essa conscientização se torna ainda mais essencial, já que algumas doenças renais podem afetar a segurança no trânsito. O Dr. Alysson Coimbra, médico do tráfego e coordenador do Projeto Novos Horizontes no Trânsito, alerta sobre a necessidade de exames regulares para garantir uma direção segura.
Doenças renais e os riscos na direção
Conforme o médico, muitas doenças renais são silenciosas, ou seja, podem evoluir sem sintomas aparentes até atingirem estágios mais graves.
“Entre os impactos que essas condições podem ter na condução estão fadiga, alterações na pressão arterial, desequilíbrios metabólicos e complicações neuromusculares, fatores que podem comprometer os reflexos e a capacidade de dirigir com segurança”, explica.
Motoristas diagnosticados com doenças renais precisam estar atentos às recomendações médicas para evitar riscos no trânsito.
Veja algumas orientações importantes:
Motoristas em hemodiálise: cuidado redobrado
De acordo com orientações do Dr. Alysson Coimbra, pacientes que realizam hemodiálise devem evitar dirigir antes ou logo após as sessões. “Isso porque o tratamento pode causar hipotensão (queda da pressão arterial), mal-estar, hipoglicemia e câimbras, aumentando o risco de acidentes. O ideal é sempre avaliar as condições físicas e seguir as recomendações médicas antes de pegar o volante”, diz.
Transplantados renais podem dirigir?
Conforme o médico, sim! “Pacientes que receberam um transplante renal podem conduzir normalmente, desde que estejam saudáveis e com acompanhamento médico regular. No entanto, é essencial que sigam todas as orientações do nefrologista e realizem exames periódicos para garantir que estão aptos a dirigir sem riscos”, orienta o especialista.
Fístula arteriovenosa (FAV) e a condição de PCD
A fístula arteriovenosa (FAV), utilizada em pacientes que fazem hemodiálise, não interfere na capacidade de condução do veículo. Por isso, motoristas com FAV não são considerados Pessoas com Deficiência (PCD) no trânsito.
Condições renais avançadas e restrições na direção
Dr. Alysson alerta que algumas doenças renais em estágio avançado podem levar a restrições temporárias ou até definitivas para dirigir. Isso depende da gravidade da condição e de como ela afeta a saúde geral do motorista. O acompanhamento médico é fundamental para determinar a aptidão para a direção.
A importância do acompanhamento médico
O trânsito seguro começa com o cuidado com a saúde.
“Assim como revisar o veículo é essencial para evitar falhas mecânicas, cuidar da saúde renal é indispensável para garantir que o motorista esteja em plenas condições de dirigir. Fazer exames regulares, seguir o tratamento indicado e estar atento a qualquer alteração na saúde são medidas que contribuem para um trânsito mais seguro para todos”, conclui o médico.