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14 de novembro de 2024

Estudo mostra que qualidade das rodovias brasileiras piorou em 2022


Por Agência de Notícias Publicado 13/11/2022 às 11h15
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Nova Pesquisa CNT de Rodovias avalia 110.333 km e revela problemas em mais da metade dessa extensão.

Nesta semana, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o SEST SENAT divulgaram os resultados da 25ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias. Os dados do estudo apontam que o Estado Geral das rodovias brasileiras piorou em 2022. Dos 110.333 quilômetros avaliados, 66,0% foram classificados como Regular, Ruim ou Péssimo. Em 2021, esse percentual era de 61,8%.

Com o objetivo de colaborar para o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros, a Confederação avalia 100% da malha rodoviária pavimentada federal e as principais rodovias estaduais. Durante 30 dias, 22 equipes percorreram as 5 regiões do Brasil de forma a compor os resultados da Pesquisa de 2022, que passa a integrar a maior série histórica de informações rodoviárias do país, realizada pela CNT desde 1995.

Trata-se do maior e mais completo estudo sobre o estado geral das rodovias brasileiras.

Neste levantamento, analisa-se o Pavimento, Sinalização e Geometria da Via, como também a existência de pontos críticos. Tais características levam em conta, respectivamente, variáveis como condições da superfície; placas e faixas de sinalização bem como defensas; além de elementos da via, como curvas, acostamentos, pontes e viadutos. Esses aspectos recebem classificações que vão desde Ótimo e Bom a Regular, Ruim e Péssimo.

Em toda a malha pesquisada, foi observada uma piora significativa na característica Pavimento em relação ao resultado de 2021.

A CNT identificou que 55,5% (61.311 quilômetros) da extensão encontram-se em estado Regular, Ruim ou Péssimo, um acréscimo de 3,3 p.p. em relação ao ano anterior. Para a Sinalização, 60,7% (66.985 quilômetros) foram considerados deficientes (Regular, Ruim ou Péssimo), enquanto para Geometria da Via, este valor corresponde a 63,9% (70.445 quilômetros).

RODOVIAS SOB GESTÃO PÚBLICA

Na comparação com o ano passado, a piora dos trechos federais assim como estaduais sob gestão pública chama a atenção. O Estado Geral na classificação Ótimo e Bom caiu de 28,2% para 24,7%, em 2022 — sua segunda queda consecutiva. Em 2019, o percentual era de 32,5%. Em 2020, não houve a realização do levantamento devido à pandemia de covid-19. Portanto, 75,3% (65.566 quilômetros) da malha rodoviária sob gestão pública apresentam algum tipo de problema, sendo classificados como Regular, Ruim ou Péssimo. Já entre as características analisadas, o Pavimento destas rodovias apresentou a maior queda de qualidade: o percentual da classificação Regular, Ruim e Péssimo aumentou de 59,4%, no ano passado, para 62,7%, este ano.

RODOVIAS SOB GESTÃO CONCEDIDA

Em contrapartida, os resultados da avaliação do Estado Geral das rodovias concedidas apontam que 69,0% dos 23.238 quilômetros pesquisados são classificados como Ótimo ou Bom; 25,8% (5.988 quilômetros), Regular; e apenas 5,2% (1.209 quilômetros), Ruim ou Péssimo. O cenário é diferente porque, tradicionalmente, há um maior investimento feito pelas concessionárias em relação às aplicações realizadas pelo setor público.  Segundo o estudo, porém, assim como os trechos sob gestão pública, em 2022, as rodovias sob responsabilidade da iniciativa privada também não escaparam da piora. Em 2021, o Estado Geral Ótimo ou Bom destas rodovias era de 74,2% — ou seja, o índice apresentou queda de 5,2 p.p.

Estes resultados são desfavoráveis aos transportadores e aos demais usuários, visto que circular em rodovias em condições inadequadas pode trazer graves riscos à segurança, além de custos adicionais de operação, como manutenção frequente do veículo e aumento do tempo de viagem e do consumo de combustível. Empresas do transporte rodoviário de cargas podem ter um acréscimo de, em média, 33,1% no custo operacional que teriam caso as rodovias estivessem em estado Ótimo.

Essas condições inadequadas ocasionam, ainda, danos ambientais e à saúde, pois propiciam o aumento de emissões de gases de efeito estufa. Além disso, representam um custo de, aproximadamente, R$ 4,89 bilhões para os transportadores de cargas e de passageiros no Brasil, uma vez que se estima um consumo adicional e desnecessário de 1,072 bilhão de litros de diesel. Assim, os resultados da Pesquisa CNT de Rodovias 2022 demonstram a urgência de estruturação de ações voltadas à melhoria das rodovias brasileiras.

Confira todas as informações da 25ª Pesquisa CNT de Rodovias

Acesse o site: Pesquisa CNT de Rodovias 2022

As informações são da Agência CNT de Notícias

4 comentários

  • Final de ano: quais rodovias brasileiras ficam mais movimentadas nesta época do ano? | Raul
    22/12/2022 às 20:00

    […] rodovias que ligam São Paulo ao litoral merecem atenção especial. Isso porque o sistema Anchieta-Imigrantes tende a concentrar uma parte considerável do fluxo de […]

  • Despachante Otimo
    22/12/2022 às 20:01

    […] rodovias que ligam São Paulo ao litoral merecem atenção especial. Isso porque o sistema Anchieta-Imigrantes tende a concentrar uma parte considerável do fluxo de […]

  • Perfil Despachante » Final de ano: quais rodovias brasileiras ficam mais movimentadas nesta época do ano?
    22/12/2022 às 20:01

    […] rodovias que ligam São Paulo ao litoral merecem atenção especial. Isso porque o sistema Anchieta-Imigrantes tende a concentrar uma parte considerável do fluxo de […]

  • Despachante Tozzi » Final de ano: quais rodovias brasileiras ficam mais movimentadas nesta época do ano?
    22/12/2022 às 20:02

    […] rodovias que ligam São Paulo ao litoral merecem atenção especial. Isso porque o sistema Anchieta-Imigrantes tende a concentrar uma parte considerável do fluxo de […]

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