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07 de outubro de 2024

Número de acidentes com motos aumenta 20 vezes em 15 anos no Rio


Por Mariana Czerwonka Publicado 29/12/2013 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h22
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Acidentes com motos no Rio

Frota na capital triplicou nos últimos 10 anos, chegando a 260 mil.’Muitos deles sequer têm habilitação’, comenta presidente de ONG

A moto é um veículo que oferece agilidade e rapidez ao motorista. No entanto, ainda há muitos pilotos pelas ruas sem habilitação e, esse é só um dos motivos que fizeram com que o número de acidentes com motos aumentasse em 20 vezes nos últimos anos no Rio.
O número de motos circulando pelas ruas da capital quase triplicou em 10 anos. Em 2003, havia 100 mil motos nas ruas. Em 2013, este número subiu para 260 mil. Com o aumento da frota, a inexperiência e imprudência de muitos motociclistas, o número de mortes também aumentou nos últimos 15 anos: de uma para 22 mortes para 100 mil habitantes.
“Muitos deles sequer têm habilitação. Jamais passaram por uma prova teórica ou prática no Detran e dessa forma, além de eles não conhecerem suas obrigações, eles também não conhecem seus direitos e é esse caos que a gente ver no trânsito todos os dias”, explicou Fernando Diniz, presidente da ONG Trânsito Amigo.
Feridos no Miguel Couto
O Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul da cidade, recebeu a maioria dos feridos de acidentes com motos no ano passado no Rio. Foram mais de 1400 atendimentos – quase o triplo dos pacientes feridos em batidas de automóveis: 500. Neste ano, a média é de quatro motociclistas machucados por dia na unidade.
“É uma mistura de imprudência, uso de álcool, droga e falta de habilitação. Quando ele cai da motocicleta, ele tem lesões em várias partes do corpo. O lugar mais comum é a perna. Essas pessoas, mesmo com um bom tratamento, muitas vezes apresentam dor crônica, dormências nas pernas e ficam com alguma sequela psicológica terrível”,  contou Luiz Alexandre Essinger, diretor do Miguel Couto.
Vítimas de acidente
Márcio Sampaio de Souza é mototaxista há 8 anos. No entanto, segundo ele, a habilitação foi tirada somente há três. Vítima de cinco acidentes envolvendo o veículo, ele relatou que já viu a morte de perto algumas vezes e acrescentou ainda que teve responsabilidade na maioria deles. “É imprudência querer fazer manobras que não são para serem feitas”, disse.
“A gente imagina que acontece com os outros, mas com a gente não. Para mim, foi uma lição muito grande e eu aprendi que eu nunca mais vou andar de moto”, declarou Paulo Roberto Martins, outra vítima de acidente.
Posicionamento
A Guarda Municipal informou que fiscaliza as motos dentro da mesma rotina de fiscalização de qualquer outro tipo de veículo, verificando o cumprimento das normas, principalmente no que diz ao uso de itens obrigatórios de segurança, como o capacete. A infração é gravíssima para o motociclista que transita sem capacete e a multa é de R$ 191, 54.
De acordo com os bombeiros, no Rio, em 2001, o número de quedas em motos foi aproximadamente de 4600. Este ano, só até outubro já havia sido contabilizado 4000, podendo chegar até 5000 no final do ano.

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