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Mobilidade urbana: 28 milhões de motocicletas ocupam ruas e avenidas das grandes cidades brasileiras


Por Pauline Machado Publicado 24/08/2021 às 18h12 Atualizado 08/11/2022 às 21h23
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Aumento no número de motocicletas em circulação ocorre por vários fatores. Leia a reportagem!

O número de motociclistas circulando nas ruas e avenidas das grandes cidades brasileiras cresceu 54,2% no período de 2009 a 2019.

Os dados são da Abraciclo, associação que representa os fabricantes do segmento, e mostram que no mesmo período, a frota aumentou de 15 milhões para 28 milhões de motocicletas nas ruas.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, só em 2020 o número de pessoas que trabalham em motofrete aumentou em 40%. As informações são do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas do Estado de São Paulo – SindimotoSP.

Justificativa

Paulo TakeuchiPaulo Shuiti Takeuchi é diretor executivo e conselheiro da Abraciclo. Foto: Arquivo Pessoal.

O aumento da concessão de crédito para financiamento, o custo de compra e manutenção, a busca por alternativa para fugir do transporte público e, mais recentemente, com a pandemia, a ascensão das motos nos aplicativos de entregas são alguns fatores que explicam a alta procura pelo veículo nos últimos anos. Essa é a análise do diretor executivo e conselheiro da Abraciclo, Paulo Shuiti Takeuchi.

Ainda segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – Fenabrave, atualmente são cerca de 80 mil financiamentos de motos em todo o Brasil, com taxa de aprovação dos pedidos de crédito de 48%.

Impactos da pandemia na produção

Ao mesmo tempo em que a pandemia impulsionou a procura por motocicletas, por outro provocou impactos negativos na produção dos veículos de duas rodas como ao Polo Industrial de Manaus, que concentra praticamente todas as fabricantes do País. Em 2020 e nos primeiros meses de 2021 o Polo paralisou toda a produção por meses devido à crise sanitária no estado do Amazonas.

A Yamaha fechou a fábrica por 30 dias, enquanto a Honda, maior fabricante do Brasil, seguiu de portas fechadas por mais de dois meses.

Desafios do setor

Além disso, em 2021 o segmento conta com um outro fator complicador: a escassez de componentes eletrônicos em toda a indústria automotiva. Essa situação provoca uma longa fila de espera nas concessionárias. Dependendo da cor e do modelo, o prazo de espera pode chegar até a quatro meses.

Para Takeuchi, atualmente, o maior desafio da indústria é aumentar a eficiência produtiva, mantendo as restrições sanitárias e evitando a escassez de componentes para suprir a demanda.

Em sua opinião, uma opção seria aumentar as horas de atividade nas fábricas. No entanto, há, por parte das empresas, receio de ampliar o quadro de funcionários no cenário atual.

“O cenário deve melhorar a partir do segundo semestre deste ano, ainda que com grandes desafios. Estamos otimistas. É difícil, porém, fazer um planejamento a médio prazo e os investimentos necessários porque temos desafios muito evidentes no contexto brasileiro atual com a pandemia. Por exemplo: ameaça de abertura comercial, reformas tributárias e administrativas”, aponta e finaliza o diretor executivo e conselheiro da Abraciclo.

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