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A opinião dos motoristas sobre os cursos de primeira habilitação no país


Por Talita Inaba Publicado 04/03/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h46
 Tempo de leitura estimado: 00:00

opinião de motoristas sobre primeira habilitaçãoDa redação do Portal do Trânsito

No período de 23 até 30 de janeiro, o Portal do Trânsito entrevistou 501 internautas através de um questionário on-line com 10 questões, cujo objetivo era verificar a opinião desses a respeito do curso de primeira habilitação no país.

Entre os entrevistados, 59% são homens e 41% mulheres, sendo que 91% deles já possuem a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Quando perguntados se já dirigiram sem habilitação, 53% disseram que não. Além disso, 70% deles já foram parados em alguma blitz de fiscalização de documentação. No entanto, de acordo com Celso Alves Mariano, especialista de trânsito e consultor do Portal do Trânsito, se forem comparados o aumento da frota de veículos com a emissão de novas habilitações nos últimos anos – números que deveriam ter uma alta correlação- é fácil deduzir que muita gente não passou pelo CFC, mas está dirigindo. “A quase certeza de que não será descoberto dirigindo de forma irregular, ou com documentos vencidos ou débitos do veículo, acaba funcionando como um estímulo ao descumprimento da Lei. Porém, quando há fiscalização, uma onda positiva muda à crença popular do “não dá nada, tô tranquilo” para algo do tipo “agora não dá mais, vou ter que me regularizar”, explica Mariano.

Mais da metade dos entrevistados, ou seja, 56% deles não aprenderam a dirigir antes dos 18 anos.

No que diz respeito ao processo de formação, 52% dos internautas disseram que foram “muito dedicados” durante o curso de primeira habilitação, enquanto 38% deles disseram que foram “dedicados”. Segundo Mariano, o nível de dedicação do aluno durante um curso de primeira habilitação interfere na sua aprendizagem de duas formas: de forma direta, naquele “mergulho intelectual” e “emocional” – acontece nos bons CFCs, nos necessários conceitos de cidadania, direção defensiva, legislação, etc, que são fundamentais para uma participação segura no trânsito; e, de forma indireta, nas ações cidadãs que devem se manifestar a partir daí: “quem faz um bom curso de primeira habilitação adquire uma visão crítica do mundo do trânsito e tende a participar dele não apenas como condutor, mas como cidadão, contaminando as outras pessoas com os conceitos de respeito e bom senso na utilização deste bem público”, diz o especialista.

A qualidade da autoescola que ofertou o curso de primeira habilitação foi avaliada por 52% dos entrevistados como “satisfatória” e 23% “muito satisfatória”.

Após o término do curso, 81% dos motoristas acreditam que desenvolveram novas aptidões para o trânsito.

De acordo com Fábio de Cristo, membro do Laboratório de Psicologia Ambiental da UnB, administrador do Portal de Psicologia do Trânsito, coordenador da Rede Latino-Americana de Psicologia do Trânsito e autor do livro Psicologia e trânsito – Reflexões para pais, educadores e (futuros) condutores, “durante um curso de primeira habilitação e no dia a dia do trânsito, são adquiridos conhecimentos das leis de trânsito e habilidades básicas para manobrar o veículo. No dia a dia, essas habilidades aumentam com a prática”, diz.

Saiba mais:
Livro: Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros) condutores
O que se aprende na autoescola?

Na opinião dos alunos, o que deveria melhorar nos cursos de 1° habilitação por ordem de importância é: mais aulas práticas, qualificação dos instrutores, atualização de conteúdo cobrado pelos DETRANs em prova, modernização do material didático, estrutura física das autoescolas e mais aulas teóricas.

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