Em 2013 vivemos um marco histórico em nosso país. Um ano em que os brasileiros se rebelaram. Li entre outras reportagens a de Gilberto de Souza, jornalista e editor-chefe do Correio do Brasil que ninguém vai às ruas para protestar contra o aumento de R$ 0,20 nas passagens de ônibus, tampouco na Turquia, as milhares de pessoas protestam contra o corte de algumas árvores. Não é diferente em Portugal, Espanha, Irlanda, ou em tantos outros países forem, os motivos evidentes de tanta revolta. Há sim uma insatisfação, uma necessidade de justiça e de rejeição do domínio do dinheiro sobre a razão da nossa existência.
Faço aqui um paralelo à exigência do simulador e às manifestações realizadas nos últimos dias na tentativa de algo novo. O problema não são os R$ 40.000,00. Esse valor se comparado com as vantagens de manutenção de um carro comum, se equivale e pode até gerar receitas no futuro. A questão não é essa. O problema é as autoridades tentarem novamente “enfiar goela” abaixo de milhares de pessoas, brasileiros, trabalhadores, alunos, empresários um produto ineficiente, indigno, não planejado, não estudado, não estruturado, apenas para atender o LOB de empresários contra os interesses reais do cidadão e longe das expectativas da Década de Ações para a Segurança no Trânsito tão sonhada pela ONU. Citando novamente o jornalista “A ótica é míope. E, o pior, acreditam – governo e ‘iniciativa privada’ – que a nação é formada por imbecis, incapazes de perceber a realidade dos fatos, a de que pretendem usurpar dos cidadãos o direito ao discernimento“.
O simulador representa a gota d’água da paciência. Nenhum empresário do setor aguenta mais representar os Órgãos que deveriam de fato realizar a formação de condutores e não o fazem – Os DETRANS . Todo ano , em doses homeopáticas vamos sendo bombardeados com novas Resoluções, Portarias, Decretos, etc, etc e etc. O sistema está falido. Ou começamos novamente ou nos deixem trabalhar. Assumam verdadeiramente a Formação de Condutores. 20 miseráveis aulas de direção não formam ninguém. Avaliar o candidato em 5 minutos muito menos!
Estão enganados ao imaginar que ficaremos calados diante de tantas determinações infundadas. Não somos idiotas. E a verdade é que mesmo que não consigamos nenhuma mudança consistente com nossos atos, jamais poderão nos julgar por não termos tentado.
Receba as mais lidas da semana por e-mail
[mc4wp_form id=32263]