O cinto salva vidas, inclusive as do banco traseiro!
O uso do cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo há 18 anos, desde a entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro. Porém, para muitos cidadãos, o uso do cinto é apenas uma imposição das autoridades que querem obter recursos com a “indústria da multa”. É lamentável que muitos ainda pensem assim, principalmente aqueles que estão no banco de trás, que por não serem “vistos” não usam o equipamento obrigatório.
Para os que não acreditam no real objetivo da obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, que é salvar vidas, decidi publicar um vídeo que recebi da PRF do Paraná, que mostra um acidente ocorrido na manhã de quarta-feira, dia 13 de janeiro, na BR-376, na Região de Curitiba. O veículo Scenic trafegava no sentido Curitiba (vindo de Santa Catarina), quando o motorista perdeu o controle do carro e se chocou com a mureta de proteção. Pelas imagens, percebe-se claramente o momento em que o passageiro que estava no banco de trás, sem o cinto de segurança, é ejetado para fora do veículo. As imagens são fortes.
Tenho outro vídeo em mãos que mostra imagens de como ficou a vítima após o acidente. Por respeito à vítima, aos seus familiares e ao público do Portal, não vou mostrá-lo, mas as imagens comprovam que realmente, o cinto salva vidas.
Uma situação triste, mas infelizmente, muito comum. Essa não foi a primeira morte causada por um acidente com essas características, e o pior é que também não será a última. Pesquisa do Ministério da Saúde, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que apenas 50,2% da população afirmam sempre usar o cinto quando estão no banco traseiro de carro, van ou táxi. Os entrevistados mostram mais consciência quando estão no banco da frente, em que 79,4% das pessoas com 18 anos ou mais dizem sempre usar o item de segurança. Contudo, o cinto na parte traseira do veículo reduz mais o risco de morte, pois, em uma colisão, impede que o corpo dos passageiros seja projetado para frente, atingindo o motorista e o carona.
Estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostra que o cinto de segurança no banco da frente reduz o risco de morte em 45% e, no banco traseiro, em até 75%. Em 2013, um levantamento da Rede Sarah apontou que 80% dos passageiros do banco da frente deixariam de morrer se os cintos do banco de trás fossem usados com regularidade.
Se as pessoas tivessem conhecimento desses dados, talvez pensassem duas vezes antes de não colocar o cinto. Nossa obrigação, como formadores de opinião, é mostrar o quanto é importante utilizar todos os sistemas que estão disponíveis para nossa segurança e tentar comprovar que o valor da multa não tem comparação com o valor de uma vida. Esse é o nosso trabalho! Até o próximo post.