Custos do plebiscito poderiam ser gastos em áreas prioritárias
Título original: Os R$ 500 milhões do plebiscito poderiam ser gastos em áreas prioritárias. Ouçam o grito das ruas
Num país onde são constantes os escândalos com desvios de dinheiro público -o mensalão foi o mais sofisticado deles- a exemplo da quadrilha que a Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (02/07), num esquema de compra de precatórios judiciais por prefeituras, envolvendo políticos e empresários, em Minas Gerais e no Espírito Santo, e onde se observam inúmeras e constantes carências de prestação de serviços públicos, os R$ 500 milhões previstos como gastos para a realização do plebiscito para a reforma política (boa parte da população desconhece o tema) poderiam ser destinados, em caráter de urgência urgentíssima, atendendo ao grito das ruas, à construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em diferentes localidades com ausência de assistência médico-hospitalar e também na pavimentação e sinalização de rodovias, muitas em péssimo estado de conservação, uma das principais causas de desgaste de veículos e de graves acidentes.
Façam uma consulta popular e perguntem o que a população desejaria prioritariamente; A reforma política ou a construção de UPAs e a recuperação de estradas? Que a liberação das verbas para tais fins prioritários seja, no entanto, tão rápida quanto as verbas destinadas à construção dos estádios, empregando os profissionais da construção civil agora dispensados pela conclusão de algumas arenas e que os salários de médicos e enfermeiros se tornem mais dignos e atraentes. Ou seja: não adianta ter UPA( bem equipada) sem mão de obra valorizada e motivada.
Quanto a reforma política, também necessária, e enquanto esta não acontece, visando a implantação de um sistema político eleitoral mais coerente e fiscalizável, que se distribua, para alguns políticos (contaminados pela falta de ética) e para os candidatos a cargos públicos, uma CARTILHA SOBRE ÉTICA E DEVERES, onde os principais princípios doutrinários fossem: !) não roubar; 2) não fazer conchavos; 3) não fazer populismo concedendo benefícios aos miseráveis em troca do voto e 4) fim do voto secreto nas votações do legislativo. Pronto, já estaríamos dando o primeiro passo para a uma exemplar reforma política.
Se providências não forem tomadas por políticos e governantes, nas três esferas de competência, o grito das ruas permanecerá. O que é pior: com o direito de ir e vir comprometido, episódios de vandalismo e de grave perturbação da ordem pública. Até Quando?