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10 de dezembro de 2024

Pacto: Dilma pede penas duras e Cissa Guimarães o fim da impunidade no trânsito


Por Milton Corrêa da Costa Publicado 26/09/2012 às 03h00
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Como mais importante evento do calendário da Semana Nacional de Trânsito 2012 (de 18 a 25/09), objetivando, até 2020, atingir a meta de reduzir em 50% os acidentes de trânsito no país -somente em 2010 ocorreram 42.844 óbitos em rodovias e vias urbanas- foi lançado na sexta-feira (21/09), na capital federal, o PACTO NACIONAL PELA REDUÇÃO DE ACIDENTES, numa coalizão multifacetária, contando com a participação do poder público, do setor empresarial, de entidades civis de combate à violência no trânsito e da Federação Internacional de Automobilismo, entre outros participantes.

Três importantes depoimentos, durante a solenidade de abertura do importante programa, chamaram a atenção para a imprudência, a irresponsabilidade, a carnificina e a sensação de impunidade no trânsito brasileiro. A presidente Dilma Rousseff defendeu a mobilização da sociedade e mudanças na legislação para termos penas mais duras para quem provoca mortes no trânsito. “O poder público não pode ser cúmplice das mortes, principalmente da mortalidade da juventude brasileira, com grande impacto no uso de motocicletas. Não sejamos cúmplices. Não podemos ser omissos”, disse.

Por sua vez, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pediu a mudança do comportamento da sociedade em relação à violência no trânsito e também o endurecimento das penas para quem mata ao volante, para quem dirige sob os efeitos do álcool e para quem se recusa ao teste do bafômetro.

A atriz Cissa Guimarães, que em 2010 teve o filho de 18 anos morto por atropelamento por um imprudente motorista, no interior de um túnel na Zona Sul do Rio, presente ao encontro disse: “Precisamos fazer um pacto para acabar com a sensação de impunidade e para que os agentes de trânsito não sejam coniventes com o desrespeito”.

Notem que os três importantes depoimentos foram em prol de um trânsito mais humano e menos violento, que enluta diariamente mais e mais famílias e continua lotando os leitos hospitalares. Um brado em favor da vida. Tais depoimentos foram em nome do fim da impunidade e do maior rigor das leis de trânsito, que possibilitem minimizar o número de tragédias, intimidar e sobretudo conscientizar inúmeros motoristas e motociclistas, imprudentes e irresponsáveis, assassinos em potencial, que a a todo instante desrespeitam normas de trânsito, colocando sob risco a vida humana, o maior bem jurídico tutelado. Ases irresponsáveis do volante, das manobras arriscadas e do excesso de velocidade.

Falta realmente disciplina consciente e aplicação de lei dura no trânsito brasileiro, onde os carros e as motocicletas viraram perigosas armas mortíferas. Só resta saber agora se a sociedade e o Congresso Nacional se sensibilizarão para o importante pacto social que hora se inicia. Conduta civilizada e respeitosa no trânsito é dever de todo cidadão e exemplo de cidadania. Aprenda-se antes que seja tarde. Por enquanto somos campeões mundiais de imprudência e desrespeito no trânsito.

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