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11 de dezembro de 2024

Menor acidentalidade com motos é uma questão de atitude


Por Gisele Flores Publicado 01/11/2013 às 02h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h41
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Acidentes com motosEm função de nossa atuação com o ISM – Instituto SobreMotos, estamos frequentemente sendo chamados para prestar assessoria ou para ministrar palestras e cursos sobre pilotagem segura e defensiva, assim como para participar em painéis, debates, audiências públicas e simpósios acerca deste tema tão relevante.

Nestas oportunidades, sempre afirmamos que a taxa de sinistralidade envolvendo motociclistas deve aumentar, por conta do aumento geral da frota de veículos, da disputa pelo espaço que vem rareando nas vias, da má formação generalizada dos condutores e das equivocadas medidas adotadas pelas autoridades, entre outras causas.

Infelizmente, no Brasil, é comum oferecer como solução para um problema de alta visibilidade social, como o dos sinistros de trânsito, pois é assim que realmente devemos chamar os “acidentes” de trânsito, novas leis e resoluções que sempre prometem ser o “remédio” definitivo. Leis e resoluções são componentes muito importantes para a indução de um novo comportamento, mas são inócuas sem fiscalização e sem medidas complementares que sanem as demais circunstâncias negativas envolvidas.

Reconhecemos que existe um bom esforço empregado em campanhas de conscientização para um trânsito mais seguro, nós mesmos participamos em muitas destas ações, mas o quê se verifica é que nada será mais eficaz do que uma alteração de atitude e cultura dos condutores (motoristas, motociclistas e ciclistas).

As estatísticas mostram que mais de 90% dos acidentes tem como causa principal o comportamento humano culposo (negligência, imperícia ou imprudência) e, numa quantidade significativa de casos, até mesmo o comportamento doloso, ou seja, com a intenção de se praticar um sinistro, ou ainda o comportamento de dolo eventual, que é quando o condutor conscientemente assume o risco de causar um sinistro, por exemplo, nos casos de uso abusivo de álcool ao se conduzir um veículo.

Nosso apelo é que ocorra uma reflexão sobre o motociclismo como um excepcional pretexto para aproximar pessoas, estreitando relações de afeto e amizade ou, como forma de prestação de serviço, alcançando documentos e mercadorias e transportando pessoas. Rodando de moto por lazer, por necessidade de transporte ou em trabalho é muito importante ter em mente, por parte de todos os condutores, que estamos tratando de pessoas que merecem respeito e que devem ter aqueles que muito por eles esperam.

Lançamos este tema para reflexão, pois temos a tendência de imaginar que as mazelas nunca acontecerão conosco ou próximas de nós. A dor da perda de uma pessoa próxima é uma lamentável experiência e evitar tal fato depende mais de atitude do que de qualquer lei ou outro fator extrínseco aos condutores.

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