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26 de julho de 2024

Transporte de carga viva: saiba como funciona no RPMon

O Regimento de Polícia Montada ‘Coronel Dulcídio’, de Curitiba (PR), mostra um pouco da rotina no transporte dos cavalos para patrulhamento na cidade e região


Por Accio Comunicação Publicado 20/05/2024 às 11h30
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Saiba, na prática, como funciona o transporte de carga viva. Assista!

Já parou para pensar que o transporte de carga viva é considerado um pilar fundamental para a economia do país? De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), o transporte de carga viva acontece quando há o transporte de animais de produção (ou de interesse econômico), esporte, lazer e exposição. As determinações do órgão estão expressas na resolução nº 791/20

Essa prática está presente em diversos setores, como agricultura, pecuária, zoológicos e, também, na Cavalaria Montada da Polícia Militar.  

Para desvendar como funciona o transporte de carga viva de fato, o Portal do Trânsito conversou com o Regimento da Cavalaria Montada “Coronel Dulcídio” (RPMon). Localizado no Tarumã, em Curitiba (PR), o Regimento nos mostrou como funciona dentro da unidade e como acontece o embarque e desembarque de cavalos.  

Esses animais são destinados para o patrulhamento ostensivo e preventivo da capital paranaense e da região metropolitana. As determinações para cada patrulhamento obedecem às ordens do Comando de Policiamento Especializado (CPE). 

Dentre os locais que a RPMon está presente, estão: 

  • Jogos de futebol; 
  • Reintegração de posse; 
  • Shows; 
  • OU onde houver aglomeração de pessoas. 

Já parou para pensar que o transporte de carga viva é considerado um pilar fundamental para a economia do país? De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), o transporte de carga viva acontece quando há o transporte de animais de produção (ou de interesse econômico), esporte, lazer e exposição. As determinações do órgão estão expressas na resolução nº 675/17

Essa prática está presente em diversos setores, como agricultura, pecuária, zoológicos e, também, na Cavalaria Montada da Polícia Militar.  

Para desvendar como funciona o transporte de carga viva de fato, o Portal do Trânsito conversou com o Regimento da Cavalaria Montada “Coronel Dulcídio” (RPMon). Localizado no Tarumã, em Curitiba (PR), o Regimento nos mostrou como funciona dentro da unidade e como acontece o embarque e desembarque de cavalos.  

Esses animais são destinados para o patrulhamento ostensivo e preventivo da capital paranaense e da região metropolitana. As determinações para cada patrulhamento obedecem às ordens do Comando de Policiamento Especializado (CPE). 

Dentre os locais que a RPMon está presente, estão: 

  • Jogos de futebol; 
  • Reintegração de posse; 
  • Shows; 
  • OU onde houver aglomeração de pessoas. 

Confira a seguir, a entrevista com o médico veterinário do regimento. Ele traz os detalhes sobre diversos fatores relevantes para o bem-estar desses animais e a segurança deles durante o trajeto, minimizando o estresse e o risco de lesões.  

Quais os requisitos para o transporte de carga viva? 

Confira a seguir, a entrevista com o médico veterinário do regimento. Ele traz os detalhes sobre diversos fatores relevantes para o bem-estar desses animais e a segurança deles durante o trajeto, minimizando o estresse e o risco de lesões.  

Quais os requisitos para o transporte de carga viva? 

Transporte de carga viva, de cavalos, onde um policial desembarca o animal pela rampa do veículo.
Desembarque de equinos do caminhão, após o patrulhamento. Foto por Mariléa Iantas.

Dispondo de seis veículos box, a RPMon  pode transportar de seis a dez cavalos, dependendo da operação. Para melhor acomodar os animais, cada caminhão possui um número específico de divisórias que criam espaços individuais com 80 cm de largura. 

Os cavalos do Regimento são, em sua grande maioria, das raças lusitanas, SRD e BH (Cavalo Brasileiro de Hipismo) e são preparados para o trabalho quando completam três anos de idade. Isso é feito para que os animais se acostumem com a rotina que terão durante as atividades de policiamento.  

De acordo com o médico veterinário, Enio Granatto, responsável técnico pelos cães e equinos da PMPR e especialista em cirurgia e reprodução clínica de equinos, esse processo é conhecido como “dessensibilização” dos cavalos. 

“A doma acontece, principalmente, no haras da Unidade, local onde também ocorre a reprodução de equinos. Eles nascem, começam a ser manejados logo após o parto e quando chegam aos três anos de idade, começamos a domar os cavalos. E é nesse momento que os machos são castrados”. 

Médico veterinário posa para foto com um cavalo branco. E atrás está o Centro Veterinário do Regimento.
Médico Veterinário do Regimento da Polícia Montada, Enio Granatto, alerta para os cuidados que se deve ter para o transporte de carga viva. Foto por Gabrielle Cordovi / ACCIO Comunicação.

Questionado sobre a estrutura do veículo, Granatto diz que o transporte do Regimento é preparado para os cavalos. Por isso, os caminhões contêm: 

  • Rampa suave e antiaderente; 
  • Piso emborrachado; 
  • Serragem (voltada para conter as necessidades fisiológicas dos animais durante o trajeto); 
  • Janelas (basculante) para ventilação; 
  • Refrigeração para manter a temperatura do ambiente, entre outros cuidados.  

“Os caminhões do Regimento são preparados para o transporte de equinos, tendo rampa com uma inclinação suave, não sendo uma elevação íngreme e nem muito longa. Isso também possibilita o embarque e desembarque em qualquer lugar, sem a necessidade de um barranco, diferente do caminhão boiadeiro, por exemplo”, reforça o especialista.  

Além disso, Granatto acrescenta que cada divisória é primordial para evitar o contato entre os cavalos durante o trajeto. “O caminhão é estruturado com baias, evitando que um cavalo tenha contato com o outro. As baias são divididas e compartimentalizadas com argolas, para que o animal seja amarrado com segurança”, pontua. 

De acordo com o médico veterinário, alguns caminhões já estão vindo com câmeras para que o motorista fique atento aos cavalos durante o transporte.  

Paradas obrigatórias para evitar desidratação  

Cavalos precisam de uma atenção especial para evitar desidratação no decorrer do percurso (principalmente no verão). Por isso, Granatto, 2º Tenente do Regimento, reforça a necessidade de paradas técnicas ao longo do trajeto.  

Policial e cavalo realizando um descanso antes de embarcar no veículo de Carga Viva, para dar início a um patrulhamento.
Policial prepara cavalo para o embarque no caminhão e segue para o trabalho de patrulhamento. Foto por Gabrielle Cordovi / ACCIO Comunicação.

O recomendado é uma pausa para hidratação após três ou quatro horas de estrada. Dessa forma, os cavalos poderão descansar e se hidratar. 

“Pelo bem-estar dos cavalos, dependendo da duração da viagem, orientamos a parar depois de três ou quatro horas para tirar os cavalos do caminhão. Como eles são bem mansos, os policiais conseguem realizar paradas, fornecer água e descanso, para depois retornar à estrada. Isso é recomendado para viagens de longa duração, que tomam de oito a dez horas na estrada”, destaca o médico veterinário.  

Outro cuidado fundamental diz respeito à condução do veículo e a experiência do motorista com caminhão box. O especialista enfatiza que o transporte de carga viva exige atenção redobrada com as freadas bruscas. 

Embarque e desembarque de carga viva 

Realizar o embarque e o desembarque de animais é uma parte fundamental no transporte de carga viva. Entretanto, após o patrulhamento, os policiais precisam realizar um checklist no animal. 

É necessário retirar a sela do cavalo, rasquear o animal, verificar possíveis pedras no casco e, por fim, levá-lo para a baia. Esse tempo é necessário para o resfriamento do corpo do cavalo.  

Capacitação para o Policiamento Montado  

2º tenente do Regimento posa para foto com o caminhão de carga viva atrás. No veículo, aparece em amarelo a palavra "cavalaria".
2º tenente do regimento, Victor Klemtz, explica as técnicas aplicadas pelos policiais para o Policiamento Montado. Foto por Gabrielle Cordovi / Agência de Comunicação ACCIO.

Em entrevista concedida ao Portal do Trânsito, o 2º tenente do regimento, Victor Klemtz, presente na unidade há seis meses, aponta as técnicas ensinadas aos policiais nos cursos de capacitação. 

“Cada policial que passa pela unidade é direcionado para o curso de capacitação para o Policiamento Montado. Eles começam com as técnicas básicas até as avançadas, que consistem em: como tirar o cavalo da baia e manter a limpeza do espaço; como encilhar o cavalo; além disso, dá início a parte montada (posicionamento em cima do cavalo, controle de rédeas) até a parte de policiamento (abordagem montada e ação de choque, por exemplo)”, esclarece o 2º tenente.  

10 de maio: Dia da Cavalaria  

Ao recorrer a história da cavalaria no Brasil, sabe-se que a sua origem, oficial, data do século XIX. No entanto, há indícios que apontam as suas raízes do ano de 1711, quando tinha-se a necessidade de preservar o ouro do estado de Minas Gerais.  
 
Além disso, a celebração é uma homenagem ao nascimento do Marechal Osório, considerado o patrono da arma, tendo ampla participação nas guerras da Cisplatina e da Tríplice Aliança.

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