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27 de julho de 2024

A profissão do taxista após a chegada do transporte por aplicativo 

Confira o que mudou na vida dos taxistas após a consolidação dos aplicativos de motoristas como Uber e 99


Por Accio Comunicação Publicado 01/12/2023 às 13h30
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A capital paulista – uma das cidades mais populosas do país – atualmente conta com 35 mil taxistas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.

Será que o número de taxistas aumentou ou diminuiu após a chegada dos aplicativos para transporte? De acordo com dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea , até maio de 2022, cerca de 1,5 milhão de pessoas trabalhavam com transporte de passageiros e entrega de mercadorias.  

A pesquisa aponta que 61,2% dessas pessoas são motoristas de aplicativo ou taxistas. De acordo com o presidente do Sinditaxi São Paulo (SP), Luiz Carlos Fernandes Capelo, mesmo com o sucesso dos aplicativos, como Uber e 99, a atuação dos taxistas ainda se destaca entre os clientes.  

“Os clientes de táxi demonstram fidelidade devido à diferenciação e ao tratamento singular oferecidos por esse serviço. A atuação única dos taxistas, submetidos a fiscalizações e normas, os distingue dos motoristas de aplicativo, que não têm normas no serviço”, destaca.  

Carlos reforça o quanto é crucial que os taxistas continuem a exercer suas atividades. “A fiscalização, embora necessária, precisa ser equilibrada para evitar obstáculos excessivos aos taxistas”.  

Para o presidente do Sinditaxi-SP, as restrições “mínimas” impostas aos taxistas, pode gerar problemas no serviço de táxi nas cidades. 

“Caso os órgãos reguladores de transporte permitam que os motoristas de aplicativo predominem na cidade e restrinjam o trabalho dos taxistas por questões mínimas, isso, de fato, poderá gerar problemas para o serviço de táxi na cidade”.  

Valorização da profissão de taxista no Brasil 

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.  

De acordo com Luiz Carlos, a capital paulista – uma das cidades mais populosas do país – atualmente conta com 35 mil taxistas. 

“A perda nos últimos anos não foi significativa. E, mesmo assim, está sendo gradualmente recuperada por meio dos sorteios de alvarás de estacionamento concedidos pela prefeitura”, releva.  

Há pouco tempo, a Câmara Municipal de Curitiba criou a Frente Parlamentar dos Taxistas de Curitiba. De acordo com o vereador Alexandre Leprevot (SD), presidente da Frente Parlamentar, o objetivo é defender o motorista de táxi de Curitiba no âmbito do legislativo.  

A elaboração da nova legislação do serviço de táxi na capital paranaense está prevista, segundo a nota oficial da Frente.

“Nós estamos instituindo um canal de diálogo e deliberação no âmbito da Câmara Municipal. Queremos trazer as reivindicações dos taxistas e discutir futuras ações”.  

Além disso, está previsto o lançamento de um novo edital das outorgas das licenças. 

“A criação de uma frente parlamentar é uma demonstração clara do compromisso com a preservação da categoria diante de um cenário de constante evolução tecnológica e transformações no setor de transporte”, destaca o vereador. 

Por fim, Leprevost destaca que a principal ideia da Frente Parlamentar é a representatividade da categoria no legislativo.  

“Os taxistas podem ter voz ativa na formulação de regulamentações que garantam concorrência justa, segurança para motoristas e passageiros, e a manutenção de padrões de qualidade no transporte. Os taxistas são nossos parceiros e trabalham em conjunto para fortalecer a categoria”, finaliza. 

Qual o futuro do taxista no Brasil? 

Foto: Valdecir Galor/SMCS

Segundo o presidente do Sinditaxi-SP, Luiz Carlos, o impacto na arrecadação dos taxistas se deve aos aplicativos já estabelecidos na cidade.  

“As taxas praticadas são mínimas e não cobrem sequer os custos de manutenção. Enquanto isso as grandes empresas lucram e o dinheiro sequer é visto em nosso país. Esse cenário compromete um serviço que foi prestado de maneira consistente ao longo de décadas pelos táxis em São Paulo”.  

O serviço oferecido também é diferenciado, pois além da fiscalização, fomenta que os profissionais realizem as verificações de rotina em seus automóveis e adotem normas padronizadas (vestimentas e comportamento com o cliente).  

“Apesar dos desafios que enfrentamos nos últimos anos, acreditamos que o serviço de táxi continuará a existir. Pelos trabalhadores, os clientes fiéis, e a inclusão da tecnologia em nosso trabalho”, conclui Luiz Carlos.  

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