Ônibus menos poluentes ganham espaço em cidades brasileiras
Segundo levantamento da Anfavea, o emplacamento de ônibus elétricos ou movidos a gás tem crescido constantemente
Capitais e grandes metrópoles brasileiras têm adquirido cada vez mais ônibus com novas tecnologias. O motivo: a preocupação com o meio ambiente e com a saúde da população. Inclusive, alguns dos veículos testados já operam sem a utilização do combustível fóssil.
Por exemplo, as cidades de Bauru (SP), Santos (SP), Campinas (SP), Brasília (DF), Volta Redonda (RJ) e Maringá (PR) já incluem ônibus elétricos em suas frotas.
Em Curitiba (PR), o Hibribus faz parte da frota já há alguns anos. O modelo se desloca exclusivamente a biodiesel B100 (origem 100% vegetal) e a eletricidade. De acordo com a Prefeitura de Curitiba, atualmente, a frota da capital paranaense conta com 30 veículos nessa modalidade.
Além disso, o município de Curitiba anunciou a compra de mais 70 ônibus elétricos. Os novos veículos devem complementar a frota da Rede Integrada de Transporte (RIT).
De acordo com a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a setembro de 2023 foram emplacados 399 caminhões e ônibus movidos a gás ou elétricos.
Quais são as tecnologias não poluentes para ônibus no Brasil?
Há três tipos de tecnologias de ônibus não poluentes no Brasil. Segundo a empresa Volvo Buses, ao dar a partida nos Hibribus, dois motores são ligados: o elétrico e o motor a biodiesel.
Com isso, os principais benefícios são:
- 35% de economia de consumo do diesel;
- 50% dos poluentes emitidos na atmosfera são reduzidos.
Em segundo lugar, temos os ônibus 100% elétricos. Esses veículos possuem três categorias: BEV, PHEV e FCEV. Nos ônibus elétricos, a bateria (BEV) é responsável por 100% do funcionamento do motor. O recarregamento acontece por uma tomada/plugue pela rede elétrica.
Já o ônibus elétrico plug in (PHEV) combina o motor a combustão interna com o motor elétrico. O recarregamento acontece por um cabo de fonte externa ou por regeneração elétrica ao desacelerar ou acionar os freios (kers) – que converte energia cinética em eletricidade. E, posteriormente, transformada em eletricidade.
Por fim, temos o ônibus a célula de combustível (FCEV). Esses veículos precisam ser abastecidos com o gás hidrogênio, de forma similar ao que ocorre quando se abastece com outros combustíveis. O hidrogênio gera a eletricidade que irá acionar os motores elétricos. Estudos recentes, no entanto, atestam que a tecnologia é pouco eficiente como fonte de energia.
Vale complementar que pesquisas por alternativas ao combustível fóssil seguem acontecendo. Por exemplo, o Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), da USP (Universidade de São Paulo) pretende construir a primeira estação para abastecer veículos com hidrogênio extraído a partir do etanol (HDV2). É o chamado Hidrogênio Verde.
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