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SP: número de acidentes em locais com Frente Segura cai 20% em 3 anos


Por Agência de Notícias Publicado 03/06/2021 às 11h12 Atualizado 08/11/2022 às 21h28
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Informações sobre a implementação de medidas de segurança podem estimular experiências similares em outras cidades.

Frente seguraFoto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A implementação de medidas de segurança na área de parada de motocicletas nos semáforos que fica à frente dos demais veículos, conhecida como Frente Segura, colaborou para diminuir em 20,53% o número de acidentes de 2017 a 2019 nesse local, na comparação com os três anos anteriores ao da implementação. O dado foi apresentado no Painel de Segurança Viária (PSV) da Cidade de São Paulo, realizado pelo Instituto Cordial.

Segundo o instituto, o PSV é uma iniciativa de articulação intersetorial que busca criar espaços de discussão e desenvolver estudos no campo da segurança viária baseada em evidências, articulando atores e organizações para aprofundar o debate sobre as relações entre os sinistros de trânsito e as características do sistema viário das cidades, contribuindo para a orientação de políticas públicas e ações voltadas à mobilidade segura.

“Esse percentual de redução corresponde um custo benefício 25 vezes maior do que os custos com cada acidente. Ou seja, é uma intervenção barata e efetiva. Dados como esse ajudam a Frente Segura a entrar como uma ação mais recorrente nos trabalhos de recapeamento da cidade”, disse o diretor de operações do Instituto Cordial, Luis Fernando Meyer.

Modelo

As informações podem servir ainda como modelo para que outras cidades implantem a Frente Segura como medida para evitar acidentes no trânsito. Meyer destacou que é preciso ainda analisar as particularidades de cada cidade no que diz respeito ao desenho das ruas. Além disso, o comportamento dos condutores e o volume de tráfego de motocicletas.

“Com certeza para cidades que ainda não têm análises, podem usar esse tipo de resultado como indício muito forte de que é uma medida boa e mesmo assim é importante que se analise os impactos das intervenções feitas”, ressaltou.

Pandemia

Apesar de as análises ainda não envolverem dados do período do isolamento social, adotado para conter a pandemia de covid-19, que teve como consequência menos circulação de veículos nas ruas, os analistas apontam para uma tendência nacional de aumento de acidentes e mortalidade no trânsito. Principalmente em função do aumento da velocidade nas vias e das mudanças na opção de transporte a ser utilizado para a locomoção.

Segundo a chefe da Assessoria Técnica da Secretaria Municipal de Trânsito de São Paulo, nos meses de abril e maio, quando as pessoas ficaram mais em casa e a frota circulante caiu bastante na cidade. Nesse sentido, houve queda nessas ocorrências.

“Em seguida a cidade foi retomando sua atividade e a frota circulante hoje é quase igual à antes da pandemia. O que nos preocupa é a adoção de transporte individual e, principalmente da escolha da motocicleta. Sabemos da questão do risco relativo mais alto que temos, com mais acidentes fatais”, afirmou.

Para ela, é preciso sempre aprimorar os programas de intervenções e ações positivas para evitar acidentes. “O PSV nos ajuda a orientar essas execuções cada vez mais. Não falamos só de obras públicas, mas de fiscalização, campanhas de comunicação e outras frentes que devem ocorrer de forma concatenada para ter resultados. Precisamos monitorar e melhorar a atuação”.

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