Alta dos combustíveis pode fomentar nova paralisação de caminhoneiros
De acordo com especialista, é preciso criar um plano alternativo para o setor de transporte de cargas no Brasil.
A batalha entre governo e caminhoneiros parece não ter fim, mas essa crise que já se arrasta há alguns anos no Brasil, deveria estimular a elaboração de um novo plano estratégico para o setor de transporte de cargas no País. No entanto, a realidade é que a alta no preço dos combustíveis deve fomentar uma nova paralisação geral de caminhoneiros no Brasil, avalia o especialista em infraestrutura, logística e comércio exterior com mais de 50 anos de experiência, Paulo César Rocha.
De acordo com ele, a situação não é nova. Além disso, ela reforça a necessidade de um plano alternativo para o setor de transporte de cargas no Brasil. E, por esse motivo, defende a criação de caminhos alternativos para o País não parar, literalmente, no curto prazo.
Desafio para evitar a paralisação de caminhoneiros
Ainda conforme o especialista uma avaliação preliminar no setor de transportes de carga em outros países, mostra que este é, sem dúvida, um dos grandes desafios dos governantes brasileiros nos próximos anos.
“Em um país continental como o Brasil, essa avaliação ganha amplitude e extrema relevância. Ao longo das últimas quatro décadas, vimos uma evolução muito tímida na criação de alternativas para o setor de transporte de cargas. Este assunto não pode mais esperar. É urgente”, afirma e alerta Paulo César Rocha.
Para o especialista, o ideal, neste momento, seria o governo estar focado em soluções de longo prazo para a questão. Isso porque, em sua opinião, as políticas públicas paliativas não resolverão totalmente a questão. “Enquanto o Brasil não tiver uma política pautada na pluralidade e na diversidade de alternativas para o setor de infraestrutura de modo geral, seguiremos enfrentando estes desafios. Precisamos, urgentemente, de uma proposta de médio e longo prazo para o setor. Assim, e somente assim, teremos a segurança de que no futuro não veremos o país, literalmente, parar”, pondera e finaliza.